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Presidente da França anuncia guerra contra o Estado Islâmico

O presidente francês, François Hollande, se dirigiu à população francesa na manhã deste sábado e disse que seu país foi vítima de um "ato de guerra" cometido por um "exército terrorista", fazendo referência, ainda, ao Estado Islâmico. Isso significa que a reação da França aos ataques coordenados de ontem, que deixaram mais de uma centena de mortos em Paris, se dará também no campo militar. Hollande também convocou o parlamento para uma sessão extraordinária, na qual deve pedir apoio para reagir ao "ato de guerra".

 

A grande complexidade da questão é que o Estado Islâmico não possui um estado a ser atacado – é uma força paralimentar que foi alimentada pelo Ocidente para derrubar o regime de Bashar al-Assad, na Síria, e que, agora, se volta contra o próprio Ocidente.

 

Desde seu início, a guerra civil na Síria já matou 250 mil pessoas e deslocou 11 milhões de pessoas, levando 800 mil refugiados à Europa.

 

A França tem lançado ataques aéreos contra o Estado Islâmico, mas também defende a derrubada de Assad. O líder sírio está sendo investigado, na França, por supostos crimes cometidos contra a humanidade.

 

Assad, no entanto, também combate o Estado Islâmico, seu inimigo interno na guerra civil. Recentemente, ele foi recebido em Moscou, onde agradeceu ao apoio do presidente russo, Vladimir Putin, que também passou a atacar o Estado Islâmico.

A França está em guerra. Só não se sabe ainda se contra o Estado Islâmico, contra a Síria ou contra ambos.


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