RIO GRANDE DO NORTE

Produção de petróleo no RN cai 15,3% em 2017

Após três anos registrando tímida evolução, a produção de petróleo em campos marítimos e terrestres no Rio Grande do Norte sofreu, em 2017, a maior queda desde 2001. A extração de petróleo em aproximadamente 80 campos espalhados, principalmente, pelas regiões Central, Oeste e Alto Oeste do estado caiu 15,3% ao longo do ano passado. O percentual é 7,65 vezes maior que o registrado em 2016. O último ano no qual houve aumento no quantitativo de óleo produzido na costa e terras potiguares foi em 2013, com 0,3% de crescimento.

Os dados estão disponíveis na página da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Em nota, a Petrobras informou que “a redução na produção de petróleo segue o perfil de uma bacia madura, onde o declínio natural é um importante componente, associada também à crise hídrica que limitou a captação de água para injeção de vapor nos campos de petróleo pesado, parcela significativa das reservas onshore (em terra) no RN”. Disse, ainda, “que tem buscado maximizar sua produção no RN para manter os investimentos no patamar compatível com sua capacidade financeira, com foco no aumento do fator de recuperação”.

Ao longo de 2017, a produção de petróleono Brasil foi de 957 milhões de barris, com média diária de 2,622 milhões de bbl/d (barris por dia). Aumento de 4% em relação a 2016. No ano, a produção total de gás natural foi de 40 bilhões de metros cúbicos, com média diária de 110 milhões de m³/d (metros cúbicos/dia), aumento de 6% com relação a 2016. Do total produzido em 2017, a Petrobras teve participação em 77,81%. Os outros 22,19% foram divididos entre oito empresas estrangeiras e uma brasileira, a PetroRio.

Pré-sal
A produção do pré-sal em dezembro totalizou 1,685 milhão de boe/d, um aumento de 2% em relação a novembro. A produção, oriunda de 85 poços, foi de 1,356 milhão de barris por dia e 52 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Os poços do pré-sal são aqueles cuja produção é realizada no horizonte geológico denominado pré-sal, em campos localizados na área definida no inciso IV do caput do artigo 2º da Lei nº 12.351/2010.

O campo de Lula, na Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás natural. Produziu, em média, 803 mil bbl/d de petróleo e 33,1 milhões de m3/d de gás natural. Os campos marítimos produziram 95,5% do petróleo e 79,8% do gás natural. A produção ocorreu em 7.990 poços, sendo 743 marítimos e 7.247 terrestres. Os campos operados pela Petrobras produziram 93,7% do petróleo e gás natural.

Estreito, na Bacia Potiguar, teve o maior número de poços produtores: 1.102. Marlim Sul, na Bacia de Campos, foi o campo marítimo com maior número de poços produtores: 95. A FPSO Cidade de Itaguaí, produzindo no campo de Lula, por meio de 6 poços a ela interligados, produziu 190,4 mil boe/d e foi a UEP (Unidade Estacionária de Produção) com maior produção.

Campos Maduros
Há cerca de 40 anos em exploração, os campos de petróleo da Bacia Potiguar já não produzem mais como outrora. Alguns deles, chamados de maduros, chegaram a ser colocados à venda pela estatal num processo de desinvestimento que contempla não somente o Rio Grande do Norte, mas também campos selecionados na Bahia e Espírito Santo, por exemplo.

Variação
Confira abaixo a variação da produção de Petróleo no Rio Grande do Norte conforme dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP). A produção caiu, de 2001 para 2017, dos aproximadamente 30 milhões de barris/dia para menos de 20 milhões de barris/dia.

2001:     -6,8%
2002:     -2,5%
2003:     -0,9%
2004:     +1,8%
2005:     -6,6%
2006:     -11,1%
2007:     -5,6%
2008:     -2,1%
2009:     -4,6%
2010:     -2,5%
2011:     +3,0%
2012:     +1,6%
2013:     +0,3%
2014:     -4,0%
2015:     -0,6%
2016:     -2,0%
2017:     -15,3%

Tribuna do Norte


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