BRASIL

Produtos potiguares retratam o folclore brasileiro

O saci pererê, o lobisomem, a curupira, o boto e a mula-sem-cabeça saíram dos livros e ganharam vida nas mãos de mulheres que sonham com dias melhores e mais rentáveis. Os personagens do folclore brasileiro foram reproduzidos em produtos artesanais, que retratam o imaginário do folclorista e historiador potiguar Luis da Câmara Cascudo, e agora estarão ao alcance do público. O lançamento será nesta terça-feira (29), às 18h, no Ludovicus – Instituto Câmara Cascudo, na capital. As peças já ficarão disponíveis para aquisição.

A iniciativa faz parte da ação O Imaginário de Câmara Cascudo: Lendas do Folclore Brasileiro, desenvolvida pelo Sebrae no Rio Grande do Norte por meio dos projetos de Responsabilidade Social e Negócios e de Economia Criativa da instituição. A linha de produtos inclui livros de tecido, dedoches, chaveiros e outras peças que representam elementos do nosso folclore.

Todo o trabalho foi realizado por grupos de mulheres do Complexo Penal João Chaves e da Associação dos Melhores Amigos do Bairro de Nossa Senhora da Apresentação (ASMANS). No caso das mulheres do complexo de detenção, a confecção dos produtos é revertida em remissão da pena, além de trazer ganhos econômico – por gerar uma atividade passível de obtenção de renda – e cultural. “Essa ação faz um regaste do nosso folclore, aproximando essas lendas, retratadas em figuras representativas por meio do artesanato, do público em geral”, diz a gestora do projeto de Responsabilidade Social e Negócios do Sebrae no estado, Tatiana Campos. Ao todo, 65 mulheres participam da ação dentro dos grupos.

A solenidade de lançamento dos produtos contará com a participação da diretoria executiva e equipe do Sebrae e dos parceiros envolvidos na ação, como a Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc). Inicialmente, parte do acervo será comercializada diretamente no Instituto, mas a proposta é ampliar os pontos de venda das peças. “A gente entende que o ícone Cascudo é muito forte, por isso, tentou-se elaborar um produto que representasse essa cultura”, explica a gestora do projeto Sebrae 2014 – RN Economia Criativa, Cátia Lopes, sobre a escolha do tema.

Antes da confecção dos artigos, todas as mulheres receberam orientações sobre a cultura empreendedora e conheceram a história do folclorista, que foi o principal responsável por tornar conhecidas as figuras do folclore brasileiro. “Quando fizemos a apresentação do que seria produzido, logo houve identificação com a temática. Como muitas são mães, elas já ouviram e contaram essas mesmas lendas”, afirma Cátia Lopes.

Além de conquistar uma nova fonte de renda, as mulheres também ganharam espaço na produção artesanal do estado e uma nova profissão. Uma vez por semana, uma instrutora do Sebrae vai até o complexo penal para orientá-las e nos outros dias as beneficiadas continuam a confecção dentro das celas. “A autoestima dessas mulheres mudou completamente. Em cada um dos livros produzidos, há uma assi


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