Acordo assinado nesta sexta-feira (4.08), pelos ministros Wellington Dias (MDS), Marina Silva (MMA) e Paulo Teixeira (MDA) destinará R$ 600 para desenvolvimento sustentável de povos tradicionais e indígenas. Benefício se soma ao Bolsa Família e à assistência técnica agrícola
Os povos tradicionais e indígenas são os maiores responsáveis pela preservação das áreas de floresta no Brasil. Com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável dessas pessoas e ao mesmo tempo recuperar áreas degradadas e incentivar a conservação ambiental foi retomado o Programa Bolsa Verde.
É possível pagar aos mais pobres, muitos deles doutores em plantas, cultivo, onde for Unidade de Conservação, floresta natural, onde tenha área degradada, fazer a recuperação com uma floresta produtiva e dando as condições de proteção”
Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome
A iniciativa foi viabilizada por um Acordo de Cooperação Técnica assinado pelos ministros do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias, do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva, e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, nesta sexta-feira (4.08), em Belém.
“É possível pagar aos mais pobres, muitos deles doutores em plantas, cultivo, onde for Unidade de Conservação, floresta natural, onde tenha área degradada, fazer a recuperação com uma floresta produtiva e dando as condições de proteção. Temos compromisso com o povo da Amazônia”, destacou Wellington Dias.
O ato de assinatura ocorreu durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social e Sustentável, que abriu os Diálogos Amazônicos, evento que vai até domingo (6.08) e é preparatório para a Cúpula da Amazônia, que reunirá os presidentes dos países da região nos dias 8 e 9 de agosto.
Pelo Programa Bolsa Verde, as famílias identificadas no Cadastro Único terão um incentivo para a produção sustentável no valor de R$ 600, pago trimestralmente. “Trabalhamos de forma integrada, o social e o ambiental, para esse repasse do Bolsa Verde, que se soma ao Bolsa Família e à assistência técnica”, detalhou o ministro Wellington Dias.
Além da Bolsa Verde, o acordo destina R$ 92 milhões para que o MDS atenda 20 mil famílias com o Fomento Rural, especificamente para as comunidades tradicionais e povos indígenas da região Amazônica. O Fomento Rural combina ações de acompanhamento social e produtivo e a transferência direta de recursos financeiros não-reembolsáveis às famílias para investimento em projetos produtivos, no valor de R$ 4,6 mil.
A ministra Marina Silva recordou que no primeiro semestre deste ano, o Brasil reduziu em 42% o desmatamento na Amazônia e ressaltou a importância do apoio às comunidades que vivem na região para manter a preservação do bioma.
“A preservação das florestas é feita pelos povos indígenas e tradicionais. É por isso que saúdo esse esforço para que a gente mude o velho modelo de desenvolvimento que tira a floresta. O presidente Lula quer criar um novo ciclo de prosperidade, emprego e renda, além de proteger a floresta”, avaliou a titular do MMA.
A ampliação e fortalecimento da rede de proteção social se integra às ações de inclusão produtiva como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). A iniciativa que compra a produção de agricultores familiares para distribuir a quem mais precisa foi relançada pelo Governo Federal, em março.
“Para as populações indígenas, quilombolas e demais populações tradicionais nós mexemos nas regras do Programa para que ele de fato oportunize a participação dessas pessoas. Todo o nosso esforço é para fazer com que o Programa chegue nessas populações e que elas produzam sabendo que vai ter para quem vender e que o alimento chegue a quem precisa receber”, detalhou Lilian Rahal, secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sesan) do MDS.
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