BRASIL

Prostituição infantil na Copa é preocupação em Recife

Calcula-se que de cada quatro mulheres que se prostituem em Pernambuco, uma seja criança ou adolescente.
A maioria delas preferem se relacionar com estrangeiros. Por isso, há o temor de que a chegada de turistas de todo o mundo para a Copa aumente o número de crianças e adolescentes assediados.

Campanhas têm alertado contra a prática, mas organizações temem um aumento na prostituição infantil durante a Copa, quando centenas de milhares de turistas estrangeiros deverão desembarcar no país.

Em áreas de prostituição de Recife, a reportagem da BBC viu meninas adolescentes vestidas como "mulherões" para atrair clientes.

Turismo sexual
 

"No Nordeste (do Brasil), há turistas que vêm especificamente para isso (turismo sexual), e vai piorar durante a Copa", argumenta Aginaide Lynch, coordenadora da associação Criança Feliz.

"Quando os homens chegam, taxistas e recepcionistas de hotel os ajudam a encontrar garotas. A polícia costuma estar ausente ou ser conivente com o abuso de menores, então temos de cuidar desse assunto nós mesmos e tirar essas meninas das ruas."

Muitas das garotas têm problemas com drogas ou vêm de famílias desestruturadas, o que colabora para que entrem no mundo da prostituição.
Grávida aos 16 anos, Ana conta que sua vida sexual começou aos 12 anos. Ela diz que não se prostitui, mas suas amigas vão atrás de clientes estrangeiros porque eles são mais "ricos e generosos".

"Tenho muitas amigas que vão com os gringos. Eles vêm aqui em busca de garotas – você sabe, garotas de programa."

O Governo Federal promete barrar a entrada no Brasil de pessoas suspeitas de abusar sexualmente de menores e deportar pessoas denunciadas pelo crime.
Além disso, uma lei foi sancionada estabelecendo como crime hediondo a exploração sexual de menores.

(BBC Brasil)


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