O ex-líder do governo da presidente afastada Dilma Rousseff no Senado, Humberto Costa (PT-PE), disse que a legenda ainda está avaliando como irá se comportar diante de pautas que foram defendidas pela gestão do PT e que, agora, também são consideradas essenciais pela gestão do presidente interino Michel Temer. Dentre as pautas estão a revisão da meta fiscal e a reforma da previdência, por exemplo, que também foram sistematicamente boicotadas pelos partidos de oposição ao governo Dilma.
"Temos uma reunião marcada com o partido, com a nossa bancada e outros partidos que vão compor agora a oposição. Vamos discutir de que maneira vamos lidar com cada um desses problemas. Não há consenso", afirmou Humberto. Indagado sobre a necessidade urgente alegada pelo governo interino de uma reforma previdenciária, Humberto foi taxativo.
"Queremos fazer a reforma. Mas ela não poderia representar perda de direitos para os trabalhadores, deveria ser feita em um momento adequado, no mínimo daqui a quatro anos, e teria que ser uma reforma discutida com os setores sociais. Essas condições não estão atendidas na proposta deste governo", disse.
O parlamentar também observou que as discussões da reforma da Previdência devem contar com a participação de movimentos sociais e sindicais, sendo que as principais centrais sindicais recusaram-se a discutir o assunto com o novo governo por considerá-lo ilegítimo.
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