BRASIL

“Quem votou contra PEC não pode ficar na base”, diz Padilha

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que os 111 deputados que votaram contra a aprovação da PEC 241, que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos, devem "bancar a desigualdade", além de ficarem fora do governo Michel Temer. Segundo ele, o ministro da Articulação Política, Geddel Vieira, irá analisar o que fazer "caso a caso" com os parlamentares que votaram contra a proposta do governo.

"Há a exposição política que esses [366 parlamentares] suportaram e alguns, que não quiseram suportá-la. Será que estes merecem o mesmo tratamento que os 366? Não seremos injustos com os 366? Os desiguais devem ser tratados com desigualdade. Aqueles que quiseram ser desiguais têm que bancar a desigualdade. Não cria um ânimo negativo no Governo. Não se fará nada nesse processo que fira a aliança partidária, mas quem não pode votar com o Governo não deve participar do Governo", disse Padilha em entrevista à Rádio Jornal Pan.

Segundo ele, a situação dos parlamentares que "não se mostraram aliados" será avaliada individualmente. "Quem não se mostrou aliado, não sei se quer ou se deve participar do Governo. Quem não quer ou não pode ser aliado, será avaliado por Geddel Vieira Lima. O Governo é construído com aliados", afirmou.

Segundo ele, o resultado da votação que aprovou a PEC dos Gastos – 336 votos a favor e 111 contrários à medida – já era esperado pelo governo. "Correspondeu a nossa expectativa e dá sinal ao Brasil de que o Congresso Nacional se deu conta de que o dinheiro vem da sociedade. Não tem dinheiro público que se faça por mágica", disse Padilha. A PEC deverá ser votada em segundo turno pela Câmara e também passar por uma nova votação no Senado.


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