POLÍTICA

RC destaca força popular contra ‘golpe’: “oposição quer o pior para o país”

O ato público intitulado “A Paraíba Pela Democracia: Golpe Nunca Mais!”, convocado pelo governador Ricardo Coutinho (PSB), na manhã desta terça-feira (15), contrário ao processo de impeachment sofrido pela presidente da República, Dilma Rousseff (PT), lotou as dependências do Teatro Paulo Pontes, no Espaço Cultural José Lins do Rêgo, em João Pessoa. O evento reuniu lideranças de vários setores da sociedade civil, entidades representativas de classe e de trabalhadores, a exemplo da Central Única dos Trabalhadores (CUT); do movimento estudantil; do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST); dirigentes e lideranças de partidos socialistas e de esquerda, como PSB, PT e o PCdoB.

Na oportunidade, o governador Ricardo Coutinho tachou a oposição ao governo do PT de “oportunista”, disse que não há acusação plausível para o processo de impeachment contra a presidente, e declarou que as gestões de esquerda deram a oportunidade do país ter estabilidade política para avançar na política social. Ele salientou que a tentativa de “golpe” deve ser afastada, pois, se sacramentada, poderá decretar um sistema de instabilidade, impedindo a saída da crise.

“Queremos que o país possa se desenvolver com tranquilidade, que possa alcançar a estabilidade para ultrapassar os grandes desafios. O Brasil não quer saber de brincadeira, não pode passar um ano inteiro, como foi 2015, discutindo uma pauta política. O impeachment não pode ser contra um partido, ou situação, é contra a pessoa, e contra a pessoa da presidenta Dilma não existe qualquer acusação capaz de levá-la a abertura de um processo desse tipo”, disse o governador.

“A cada momento que isso [o impeachment] não se resolve, e que a oposição joga contra o Brasil, a economia sofre. Só em João Pessoa, são 4 mil trabalhadores desempregados da construção civil, quem vai pagar essa conta? Quem vai pagar a conta da falta de comida na mesa, e da falta de perspectiva na família? Perdemos um ano, a oposição quer o mal para o Brasil e quer que se perca também o ano de 2016. Esse ato é a resposta daqueles que estavam calados, talvez perplexos. Não temos nada a ver com desvios que sejam cometidos, esperamos que a Justiça haja, mas nós queremos que a legalidade democrática seja respeitada. E que a estória do impedimento da presidente seja deixada para trás, e que o Brasil avance. O Brasil não quer saber de golpe”.

Sem motivação política
Ainda durante sua fala, Ricardo Coutinho afastou a tese de que o movimento seja motivado pela necessidade de liberação de recursos por parte do governo para os estados. Segundo ele, o apoio vem desde dezembro de 2014, em uma reunião com os governadores no Cento de Convenções, em João Pessoa. “Não fazemos política da barganha, seguimos as regras da democracia”, disse.

Coutinho pontificou a cobrança por parte dos governadores do Nordeste por uma mudança na política econômica do governo. “Temos que enfrentar a crise com investimentos, outo ritmo de gestão, reforma ministerial, uma agenda para o país. Mas no momento isso não vem ao caso, temos que barrar o golpe. Temos que afastar esse fantasma”, comentou.

O ato contou com as presenças da deputada federal e presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos; do vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira (PCdoB); dos presidentes estaduais do PT, Charliton Machado; do PSB, Edvaldo Rosas; e do PCdoB, Simão Almeida; do presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino; dos deputados estaduais Frei Anastácio (PT), Anísio Maia (PT), Jeová Campos (PSB), e Estela Bezerra (PSB); dos vereadores de João Pessoa, Fuba (PT) e Fernando Milanez (PMDB); de dirigentes de Diretórios Centrais de Estudantes (DCEs) de universidades e faculdades da Paraíba; representantes de movimentos dos negros, cultural, com o cantor e compositor Chico César; entre outras autoridades e convidados.

WSCOM


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