ALAGOAS

Reconstituição deve esclarecer se empresário portava arma quando foi baleado pela PM em Alagoas

A Polícia Científica envia nesta terça-feira (27) um ofício para a Polícia Civil com a provável data da reprodução simulada da ação policial que resultou na morte do empresário Marcelo Barbosa Leite, de 31 anos. Os delegados que investigam o caso esperam esclarecer se a vítima portava ou não arma de fogo quando foi baleada por policiais militares em Arapiraca.

 

“Essa é a principal dúvida da reconstituição. Eles [os policiais] alegam que atiraram porque o rapaz estava armado. Mas, por exemplo, ainda que tivesse [a arma], daria para ter visto? Tinha condição de luz? O carro estava com os vidros fechados ou abertos? São detalhes importantes para os peritos”, disse o delegado Sidney Tenório em entrevista ao g1.

 

A reprodução simulada foi determinada pela Justiça ainda em novembro, dias após a ocorrência. Após o recebimento do ofício da Polícia Científica, a Polícia Civil vai avaliar se há tempo hábil para organizar o procedimento e dar continuidade a essa etapa da investigação.

 

“A gente vai ver toda a logística, não é uma simulação simples, tem que fechar a rodovia para ver como foi a abordagem. Teremos que organizar tudo isso”, explicou o delegado.

 

Marcelo foi atingido nas costas por um tiro de fuzil durante perseguição policial no dia 14 de novembro. Na versão da PM, o empresário dirigia em alta velocidade pela AL-220, se negou a parar o carro e sacou uma arma para atirar contra a viatura.

 

Após ser atingido por um disparo de fuzil, Marcelo Barbosa ficou dias internado em um hospital em Arapiraca . Depois, ele foi transferido, em estado grave, para um hospital em São Paulo, onde faleceu no dia 5 de dezembro.

Depoimentos dos PMs

 

No início do mês, os policiais que participaram da abordagem prestaram depoimento e detalharam a ação, indicando onde foram feitos os disparos.

 

Dois deles comandavam as equipes e confessaram que atiraram contra o carro de Marcelo nos pneus e na lateral do veículo. Familiares e testemunhas também já prestaram depoimento à polícia.

g1


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