BRASIL

Recorde em desastres naturais em 2023, diz Cemaden

O Brasil registrou 1.161 desastres naturais em 2023, uma média de pelo menos três episódios por dia.

 

Os dados foram divulgados pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e revelam um recorde no número de desastres.

 

Foram registrados 1.161 eventos de desastres, sendo 716 associados a eventos hidrológicos, como transbordamento de rios, e 445 de origem geológica, como deslizamentos de terra.

 

Ocorrências

 

O número supera os registros de 2022 e 2020. As ocorrências seguiram o padrão de locais para onde foram enviados os alertas, com concentração nas capitais e regiões metropolitanas.

 

A maior parte dos alertas emitidos foi enviada para regiões metropolitanas, ao Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul, Vale do Itajaí, em Santa Catarina. Petrópolis lidera o ranking de municípios, tendo recebido 61 alertas, seguido de São Paulo com 56, e Manaus 49.

 

De acordo com o mapa, a maior parte está localizada na faixa leste do país. O número engloba eventos de diferentes magnitudes, sem classificá-los.

 

 

 

De acordo com o órgão, os eventos ligados a chuvas extremas causaram ao menos 132 mortes, além de terem deixado mais de 9.000 feridos, e mais de 74.000 pessoas sem lares.

 

“O ano de 2023 foi peculiar em relação ao clima. Em meados do ano, houve uma transição rápida do fenômeno La Niña para o El Niño. Isso ocasionou uma mudança no padrão das chuvas em relação à média histórica. Os índices de chuva registrados em 2023 foram muito superiores no Sul e inferiores no Norte e Nordeste”, avalia a diretora do Cemaden, Regina Alvalá.

 

“A mudança do clima também contribuiu para todo esse processo. O oceano mais quente significa mais vapor de água na atmosfera e, por consequência, provocam chuvas intensas e concentradas”, complementa.

 

Prejuízos materiais

 

Em termos de danos materiais, o sistema do Cemaden aponta para mais de R$5 bilhões em obras de infraestrutura e instalações públicas e unidade habitacionais.

 

Os prejuízos econômicos informados pelo sistema se aproximam de R$ 25 bilhões, somadas as áreas pública e privada.


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