PERNAMBUCO

Reeducandas comemoram ingresso no mercado de trabalho

No dia 8 de março, data em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) informou que mais de 30 reeducandas de Pernambucano atualmente trabalham em uma fábrica de produtos da área da construção civil, ao mesmo tempo em que cumprem pena. De acordo com a SJDH, do grupo, 27 são do regime aberto, acompanhadas pelo Patronato Penitenciário, e três da Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres). As atividades são remuneradas.

Na montagem dos produtos, Paloma Carneiro, de 40 anos, comemora a oportunidade. “Aqui é um excelente trabalho, nos deu uma oportunidade muito grande pra gente que é reeducanda”, enfatizou. Já Camila Maria, 42 anos, há nove anos cumpria pena trabalhando na fábrica. Mas logo que finalizou sua condenação, foi contratada e, hoje, trabalha de carteira assinada. “O sustento da minha casa vem do emprego. Meus filhos ficaram felizes com a minha contratação, estamos todos contentes”, comemora Camila.

As atividades são cumpridas de segunda a sexta, das 07h às 17h, e as reeducandas são remuneradas com um salário mínimo, vale transporte e alimentação. Segundo a SJDH, os contratos são regidos pela Lei de Execuções Penais, o que proporciona ao empregador uma economia em torno de 40% no pagamento dos encargos trabalhistas e sociais. “Esse trabalho das reeducandas é um trabalho de suma importância, porque vem devolver a essas meninas a dignidade delas perante a sociedade”, diz o supervisor de produção da Granplast, Carlos Alberto da Silva.

Das 811 reeducandas atendidas pelo Patronato Penitenciário, 375 exercem funções remuneradas. Para o secretário de Justiça e Direitos Humanos do estado, Pedro Eurico, a inclusão produtiva das reeducandas nas empresas é um modelo de gestão sensível. “Quando se trata das mulheres que cumprem pena e trabalham, falamos com brilho nos olhos e alegria no coração pelos resultados obtidos. A reincidência é baixíssima e a rotatividade também”, complementa.

Em reverência ao Dia Internacional das Mulheres, a reeducanda do semiaberto harmonizado, Thelma Fernanda, 51, deixou sua mensagem. “Que todas as mulheres se amem, se gostem, se cuidem, se abracem. Mulher pode ser o que ela quiser, dependendo do que ela queira ser, ela pode ser”.

 

*DP


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