NORDESTE

Refinaria privatizada paralisa unidade e pode faltar diesel no Nordeste

Agenda Nossa – A Refinaria de Mataripe, a primeira privatizada pela Petrobras, acaba de interromper a operação de uma das duas unidades de destilação por falta de petróleo para processamento, relataram à Agência Nossa fontes com conhecimento do assunto.

 

Um navio carregado com grande volume de petróleo para abastecer a antiga Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, não conseguiu atracar porque seu calado é maior do que comporta a profundidade da região. A Acelen, controlada pelo fundo Mubadala, dos Emirados Árabes, assumiu no dia primeiro de dezembro as operações da antiga RLAM, vendida pela Petrobras.

“Esta incompetência já provocou a parada de uma unidade importante, o segundo maior pulmão da refinaria, que abastece outras unidades de produção da RLAM. Somente isso (atraso no escoamento da carga) já vai provocar redução na produção de diesel no mercado baiano e nordestino”, afirma Deyvid Bacelar, diretor do Sindipetro Bahia, lotado na RLAM desde 2006. Ele também é coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP).

Procurada, a Acelen informou à Agência Nossa que “a refinaria segue operando de forma otimizada sem representar riscos de abastecimento ao mercado”.A solução seria transferir a carga de óleo para navios menores, em alto mar, uma operação conhecida como ship-to-ship. Mas há necessidade de licenças ambientais, pois trata-se de uma manobra que traz risco de vazamento em grandes proporções.

A Acelen confirma que está em processo para início do escoamento do petróleo do navio por meio deste procedimento.“A Acelen esclarece que recebe(u) nesta semana o maior navio que já abasteceu a refinaria de Mataripe trazendo 1 milhão de barris de petróleo destinados á produção de combustíveis e derivados. Em função do alto volume, a operação deve proporcionar um significativo ganho de produtividade nas operações da refinaria de Mataripe na Bahia.

 

O procedimento de abastecimento está em andamento através do processo ship to ship, que consiste no transbordo do produto para embarcações menores que acessem os piers locais, completou a empresa na nota enviada à Agência Nossa.


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