BRASIL

Relator do Orçamento Geral da União desagrada oposição e Dilma Rousseff

Para o relator do Orçamento Geral da União (OGU) 2016, deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), os cortes que ele propôs sobre a peça orçamentária e que preveem um corte de R$ 10 bilhões do programa Bolsa Família – equivalente a 35% do valor total de R$ 28,8 bilhões do benefício pago a 14 milhões de famílias de baixa renda – não deixará "ninguém na miséria".

Em uma longa entrevista concedida ao jornal El País, Barros destaca que o corte proposto visa equilibrar o OGU 2016 e evitar um rombo de R$ 60 bilhões, como estimado pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento. A proposta, contudo, conseguiu desagradar a gregos e troianos, ou melhor, tanto a base governista quanto a oposição.

De um lado, o governo deseja manter intocado o seu principal programa social, o que levou ao líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), e até a própria presidente Dilma Rousseff a se manifestarem de forma contrária a proposta. Do outro, até parlamentares da oposição, como o líder da oposição na Câmara dos Deputados, Bruno Araújo (PSDB-PE), já disseram que votarão contra o corte.

Apesar de se dizer "feliz que a presidente tenha se sensibilizado com isso porque talvez a mensagem modificativa que venha do Orçamento venha com os dados equilibrados e me poupe de fazer esses cortes", Barros detonou o que chamou de uso eleitoreiro do Bolsa Família.

"Que os parlamentares do PT reajam, eu acho perfeito, natural. São eles que politicamente se beneficiam da distribuição de recursos do Bolsa Família. As pessoas creditam ao Governo a ajuda financeira mensal. Então, os beneficiados por isso são os que estão mais ligados ao Governo, especialmente, os deputados e senadores do PT", disse.

Brasil 247


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