BRASIL

Renan pede desculpas a Aécio e diz que posição sobre delação é público

Presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL) publicou nesta quarta-feira (25) uma nota na qual comenta a gravação da sua conversa com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo. O peemedebista diz que o teor da conversa gravada é "público" e reflete o que ele já havia declarado em entrevistas anteriores. Ele também pede desculpas a Aécio Neves, citado no áudio.

Segundo o texto, as opiniões contidas no áudio "foram publicamente noticiadas", inclusive as críticas feitas contra o presidente afastado da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e a proposta de alterar a lei que rege o instrumento das delações premiadas "para agravar as penas de delações não confirmadas".

A assessoria de imprensa diz que Renan recebe todos aqueles que o procuram para conversar e que defende nos diálogos seus pontos de vista, todos "dentro da Lei e da Constituição".

Ao pedir desculpas ao presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), Renan alegou ter se expressado "inadequadamente" ao dizer, no diálogo revelado, que todos os políticos – e particularmente o tucano – estariam "com medo" da Operação Lava Jato. Na conversa, o peemedebista afirma que o tucano teria pedido a ele para verificar se havia mais alguma informação na delação do ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) que o envolvesse. Na nota, no entanto, ressaltou que o mineiro expressava "indignação, não medo" em relação ao ex-petista.

O senador do PMDB conclui a nota enfatizando que o teor da conversa com Machado não sugere qualquer intervenção na Lava Jato, "e não seria o caso, porque nada vai interferir nas investigações". Por outro lado, Renan não fez nenhum comentário sobre as partes do áudio gravado nas quais se refere à presidente da República afastada, Dilma Rousseff.


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