BRASIL

Revista NORDESTE: Bahia, em busca de investimentos para a Saúde

Número de Hospitais SUS: 531

Expectativa de Vida ao nascer: 73,0

Mortalidade Infantil: 19,0

Apesar do estado da Bahia possuir unidades de Saúde que são consideradas referência dentro e fora do estado, como por exemplo o Hospital do Subúrbio, em Salvador, que é um projeto de Parceria Público-Privada (PPP), e o Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), o maior hospital público das regiões Norte e Nordeste, qualificado em assistência de média e alta complexidade, o presidente do Conselho Regional de Medicina da Bahia, José Abelardo de Meneses, afirma que a saúde pública em Salvador está em colapso.

Segundo ele, a capital do maior estado do Nordeste não tem um leito sequer. “A terceira maior capital do país não tem um leito hospitalar de responsabilidade do município. Todos os leitos de Salvador são de responsabilidade da Secretaria de Saúde do Estado, mas não é por isso que também um gestor vá lavar as mãos em detrimento da qualidade da assistência à população. É preciso haver um entendimento entre os governos estadual e municipal”.

Um dado levantado pelo Conselho Federal de Medicina mostra que Salvador é a capital que menos gasta, proporcionalmente, com a saúde pública de seus habitantes no país. Em 2014, foram investidos apenas R$ 215,96 para cada habitante, ou seja, apenas R$ 0,59 por dia. Na Bahia, foram R$ 1,08 e, no Brasil, os governos federal, estaduais e municipais aplicaram, no mesmo período, R$ 3,89 por dia (R$ 1.419,84 ao ano) para cobrir as despesas públicas com saúde dos 204 milhões de habitantes.

Ações recentes do Ministério da Saúde visam reforçar a rede de atenção básica aos baianos. Atualmente, o Programa Mais Médicos conta com 1.707 profissionais médicos distribuídos em 378 municípios do estado, beneficiando 5,9 milhões de pessoas. O Governo Federal também vem investindo na infraestrutura da atenção básica de municípios de todo o país. No estado da Bahia já foram aplicados R$ 546,5 milhões em 2.951 unidades básicas de saúde. Entre as 5.306 novas vagas de graduação em Medicina autorizadas no país, 470 vagas estão na Bahia.

Além dos problemas compartilhados com outros estados, a Bahia também tem que lidar com corrupção dentro do sistema de saúde. Uma organização criminosa envolvida em desvio de verbas públicas destinadas à saúde foi desarticulada no estado, dentro da Operação Copérnico, deflagrada pela Polícia Federal e Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle que apuraram, também, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro.

Ao todo, foram 24 mandados de busca e apreensão, um de prisão preventiva e sete mandados de condução coercitiva nas cidades baianas de Candeias, São Francisco do Conde e Salvador, onde foi preso o líder da organização, um empresário responsável por uma das instituições que administrava unidades de saúde.
As investigações apontaram que o grupo criava empresas e entidades sem fins lucrativos, em nomes de “laranjas”. Com essas empresas, os envolvidos faziam contratos de gerenciamento integral de hospitais, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e centros de saúde por meio de licitações.
 


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