ARQUIVO NORDESTE

Revista NORDESTE destaca como a produção de energias limpas e renováveis vem transformando a economia da região

A nova edição da Revista NORDESTE, de número 169, aborda reportagem de capa intitulada “Quando o Sol e o Vento transformam tudo em negócios”. A matéria apresenta em detalhes o crescimento das intervenções de empresas, a maioria de origem de países do exterior, em Estados nordestinos para usufruto de áreas como fontes de geração e produção de energia eólica.

Com sol e vento abundantes em quase todo o ano, a região nordestina é responsável pela geração de 80% da energia eólica no país, sendo o Rio Grande do Norte o Estado líder em produção no Brasil, com capacidade de 4.777 MW e 170 usinas instaladas.

A nova edição da Revista NORDESTE está disponível nas bancas e também para leitura no modo virtual (CLIQUE AQUI para acessar).

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FONTE DE ENERGIA LIMPA

Como o Nordeste transforma sol e vento em liderança e dividendos

Por Luciana Leão

Com sol e vento abundantes em quase todo o ano, a Região Nordeste se consolida a cada ano como um grande player de produção e investimentos para o setor de energias renováveis tanto Eólica como Solar. A Região é responsável por 80% da energia eólica no País, sendo o Rio Grande do Norte o Estado líder em produção no Brasil, com capacidade de 4.777 MW e 170 usinas instaladas.

No ranking estadual, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Bahia aparece em segundo, com produção de 4.506,4 MW e 173 parques, seguido pelo Ceará, com 2.179,3 MW e 84 unidades eólicas. Na quarta posição, aparece o Piauí com 1.979,4 MW, com 69 parques instalados, seguido do Rio Grande do Sul, com 1.835,9 MW e 80 usinas. Pernambuco, Maranhão, Santa Catarina, Paraíba, Sergipe seguem respectivamente na 6ª, 7ª, 8ª, 9ª e 10ª posições.

Mesmo em tempos difíceis na economia, o setor ocupa hoje o segundo lugar na matriz elétrica no Brasil, com a participação cada vez maior em leilões promovidos pelo setor elétrico regulado, e também no Mercado Livre de Energia.  De 2004 para cá o salto foi grande. De 0,6 GW instalados pulou para 17 GW, com 660 parques instalados e 8.000 aerogeradores onshore (fixados em terra), operando em 12 estados no País, maior parte no Nordeste e no Sul do País. São 6,3 milhões de habitantes beneficiados e 28,8 milhões de residências por mês que podem ser abastecidas .

Projeções feitas pela equipe da ABEEólica liderada pela executiva Elbia Gannoum em entrevista à Revista Nordeste apontam que o Brasil terá até 2024 cerca de 29,6 GW de capacidade eólica instalada, considerando leilões já realizados e contratos firmados no mercado livre de energia.

Segundo dados da Bloomberg New Energy Finance foram investidos US$31,3 bilhões no setor de 2011 a 2019. “Somos a fonte renovável que mais cresce no País. Esse cenário vai continuar muito forte, com predominância nos estados do Nordeste e Sul do País. Pernambuco, por exemplo, tem capacidade de crescer mais sua potência, pela sua logística e cadeia produtiva”, opinou Elbia Gannoum.

Oportunidades, segundo a presidente da ABEEólica, têm para todos os Estados. “Os investimentos vão acontecer. A natureza foi muito boa, mas é preciso ter um olhar atento para proporcionar um ambiente seguro para os negócios, com órgãos institucionais céleres. O mundo todo caminha para redução drástica de emissão de gases de efeito estufa e o processo de mudança para energia limpa é irreversível”, reforçou Elbia.

No Brasil, são cerca de 22,9 milhões de toneladas de CO2 evitadas com a instalação e geração de energia eólica, o que equivale à emissão de cerca de 21,7 milhões de automóveis.Em estudo realizado pela Go Associados a instalação de parques eólicos contribui para o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) e do Índice de Desenvolvimento Humano do Município (IDHM). A energia eólica ocupa pouca terra, permitindo que se continue com criação de animais ou plantações. Considerando o espaço eleito para um parque eólico, as turbinas ocupam cerca de 8% da área, podendo esse valor ser ainda menor, cerca de 6%.

Num cenário global,  de acordo com o Conselho Global de Energia Eólica (Global Wind Energy Council – GWEC) o Brasil ocupa a 7ª posição no Ranking Mundial.  O GWEC acredita que, tanto em projetos onshore ( terra) quanto offshore (mar), a energia eólica é a chave para definir um futuro energético sustentável. “O futuro, portanto, é promissor para a fonte eólica. Mas, a economia precisa crescer. A economia precisa ser dinâmica, pois o mundo começa e termina no PIB”, reforça a presidente executiva da ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica).

Reprodução: Revista NORDESTE

Celeiro de Oportunidades que vem do Sol

Mesmo com a pandemia, a energia produzida pela irradiação solar cresce em ritmo gradual em todo o País, segundo informou a Associação Brasileira de Energia Solar (ABSOLAR), aponta o Nordeste como um celeiro potencial de se tornar nos próximos anos como a bola da vez.

No top dos 10 estados que lideram o ranking de geração distribuída ( sistemas em telhados e fachadas de edifícios) em primeiro lugar aparece Minas Gerais, seguido de São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Paraná, Goiás, Santa Catarina e Rio de Janeiro.  No Nordeste, Ceará ocupa a 9ª posição, à frente da Bahia (10ª), Pernambuco (12ª), Piauí (14º), Paraíba (15º), Rio Grande do Norte (16º), Maranhão (19º), Alagoas (22º) e Sergipe (23º).

Já no campo municipal, a cidade de Teresina ocupa a quarta posição de potência instalada no Brasil com 44,4 MW, seguida de Fortaleza (5º) e aparecendo a cidade sertaneja de Petrolina, em Pernambuco, na décima posição.

Atualmente, as usinas solares de grande porte de geração centralizada (parques solares) ocupa  a sétima maior fonte de geração do Brasil 1,7 MW, com empreendimentos em operação em nove estados brasileiros, nas regiões Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) e Centro-Oeste (Tocantins). Os investimentos acumulados deste segmento ultrapassam os R$ 15 bilhões.

Ao somar as capacidades instaladas nos segmentos de geração distribuída e geração centralizada, a fonte solar fotovoltaica ocupa o sexto lugar na matriz elétrica brasileira, atrás das fontes hidrelétrica, eólica, biomassa, termelétricas a gás natural e termelétricas a diesel e outros combustíveis fósseis. A fonte solar já representa uma potência instalada 32% maior do que a somatória de todas as termelétricas a carvão e usinas nucleares, que totaliza 5,6 GW.

No segmento de geração distribuída, são 4,4 GW da fonte solar fotovoltaica, que representam R$ 20 bilhões em investimentos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões do Brasil. A tecnologia solar é utilizada atualmente em 99,9% de todas as conexões de geração distribuída no País, liderando com folga o segmento.

Geração de empregos cresce, mesmo com a pandemia

Projeções da ABSOLAR apontam que a fonte solar fotovoltaica deverá gerar mais de 147 mil novos empregos aos brasileiros em 2021, espalhados por todas as regiões do País. Segundo a avaliação da entidade, os novos investimentos privados no setor poderão ultrapassar a cifra de R$ 22,6 bilhões em 2021, somando os segmentos de geração distribuída e centralizada (grandes usinas solares).

Pela análise da ABSOLAR, serão adicionados mais de 4,9 gigawatts (GW) de potência instalada, somando as usinas de grande porte e os sistemas distribuídos em telhados, fachadas e pequenos terrenos. Isso representará um crescimento de mais de 68% sobre a capacidade instalada atual do País, hoje em 7,5 GW. As perspectivas para o setor são de chegar ao final de 2021 com um total acumulado de mais de 377 mil empregos no Brasil desde 2012, distribuídos entre todos os elos produtivos do setor.

A maior parcela destes postos de trabalho deverá vir do segmento de geração distribuída, que serão responsáveis por mais de 118 mil empregos neste ano. Dos R$ 22,6 bilhões de investimentos previstos para este ano, a geração distribuída corresponderá a cerca de R$ 17,2 bilhões. Para a geração distribuída solar fotovoltaica, a ABSOLAR projeta um crescimento de 90% frente ao total já instalado até 2020, passando de 4,4 GW para 8,3 GW. Já no segmento de usinas solares de grande porte, o crescimento previsto será de 37%, saindo dos atuais 3,1 GW para 4,2 GW.

A entidade projeta, ainda, que o setor solar fotovoltaico brasileiro será responsável por um aumento líquido na arrecadação dos governos federal, estaduais e municipais de mais de R$ 6,7 bilhões este ano. Isso contribui para o fortalecimento dos orçamentos públicos e a prestação de melhores serviços para a sociedade brasileira. O valor já contabiliza a economia dos consumidores em suas contas de eletricidade, mostrando que o benefício econômico do setor é favorável também para o poder público.

O Brasil possui mais de 350 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, trazendo economia e sustentabilidade a cerca de 450 mil unidades consumidoras. Ela está presente em todos os Estados brasileiros, sendo os 5 maiores em potência instalada, respectivamente: Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso e Paraná.

“Embora tenha avançado nos últimos anos, o Brasil – detentor de um dos melhores recursos solares do planeta – continua com um mercado solar ainda pequeno e muito aquém de seu potencial. Há mais de 85 milhões de consumidores de energia elétrica no País, porém apenas 0,5% faz uso do sol para produzir eletricidade”, afirma Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR.

Desafios e gargalos

Para a vice-presidente da ABSOLAR, Bárbara Rubim, um dos desafios para um crescimento mais acelerado do uso da energia fotovoltaica no Brasil refere-se à dinâmica de políticas públicas. Alguns estados, como Minas Gerais, é líder histórico no setor na produção instalada, por uma decisão política de incentivo tributário aos empreendimentos. “ Isso contribuiu para que grandes parques se instalassem lá. São Paulo tem forte predominância por uma questão cultural do consumidor e o Rio Grande do Sul se posiciona como um indutor ao fomento do cooperativismo e do cuidado com o meio ambiente. São estados que estão na linha de frente na produção, apesar de o Nordeste ter um excelente nível de irradiação solar”.

Na avaliação da executiva, falta ainda aos estados e municípios nordestinos mais incentivos públicos ao setor. “Ceará vem desenvolvendo projetos com um novo olhar. Também identificamos que os consumidores têm buscado mais a energia solar como uma alternativa para seu consumo”, avalia Rubim.

O papel do estado para implantar parques eólicos

Desde a implantação e expansão do primeiro projeto eólico da empresa Ômega Energia no Maranhão, localizado entre Paulino Neves e Barreirinhas, na região dos Lençóis Maranhenses, o estado vem aumentando sua capacidade geradora, segundo informou o secretário de Indústria, Comércio e Energia, Simplício Araújo.

Em 2016, a empresa Ômega Energia implantou o primeiro parque eólico do Maranhão, localizado entre os municípios de Barreirinhas e Paulino Neves, com investimentos superiores a R$ 2 bilhões, colocando o estado no mapa mundial de geração de energia limpa e renovável. Atualmente , são cinco parques em operação, com capacidade de produção de 426 MW : Delta 3 (220,8 MW); Delta 5 (54 MW);Delta 6 (54 MW); Delta 7 (62,1 MW);Delta 8 (35,1 MW), com produção anual de mais de 2 TW.

Tanto na fase de obras e implementação dos projetos, assim como no período de manutenção e operação do parque, a população da região ocupa cerca de 60% dos postos de trabalho criados, por meio dos programas de contratação e capacitação de mão de obra local promovidos e incentivados pela empresa, gerando renda local e novas oportunidades profissionais.

“O Estado mantém uma dinâmica muito favorável ao diálogo com os empreendedores e temos executado políticas para acelerar a atração de mais investimentos. Além de atrair os investimentos, estamos buscando também formar uma cadeia produtiva de fornecedores, para que todos os insumos necessários ao setor sejam produzidos no Estado.

No Piauí, espaço para crescer

Com abundância de sol o ano todo e ventos contínuos, do litoral ao sul do Estado, o Piauí ainda agrega outro valor natural que pode acelerar o crescimento das energias renováveis tanto solar como eólica: espaço territorial. O diretor de Energia Renováveis, Howzembergson Brito, da Secretaria de Mineração, de Energia, Gás e Petróleo (Seminper), adiantou à Revista Nordeste, que faz parte das prioridades do governador Wellington Dias dar celeridade aos projetos de energia que queiram se instalar no Estado.

“O governador nos orientou no sentido de incentivar mais investidores e, para isso, estamos em constante diálogo , quase que diariamente, ouvindo propostas para pedidos de instalação. Nesse sentido, também incentivamos que toda a mão de obra de cada empreendimento seja local, para aumentar a renda e o trabalho de nossa população”, disse Brito.

O Piauí possui atualmente 60 parques eólicos e várias solicitações em análise, para região da Serra do Araripe e litoral. Para 2021 até 2022, existe também a expectativa de instalação de três a quatro usinas solares. Os dois segmentos empregam hoje cerca de 6 mil pessoas, sendo a maior parte dos investimentos de capital estrangeiro.

Ceará, de olho no hidrogênio verde

De olho no futuro, o Ceará vem investindo nos últimos 20 anos, em estudos e parcerias visando uma participação cada vez maior de produção de energias renováveis. Para isso, o Governo do Estado saiu à frente e consolidou no último dia 19 de fevereiro termos de cooperação com a Federação das Indústrias do Estado Ceará (FIEC), a Universidade Federal do Ceará (UFC) e o Complexo do Pecém (CIPP S/A), o primeiro HUB de Hidrogênio Verde, considerado o combustível do futuro.

O grupo multidisciplinar irá formatar protocolos com participação de entidades acadêmicas e desenhar projetos estruturadores com vistas a um mercado crescente principalmente na Europa, atendendo as políticas de descarbonização acordadas no Acordo do Clima.

Em entrevista à Revista Nordeste, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Maia Júnior,  declarou que a expectativa é que o Estado dobre sua capacidade tanto para projetos eólicos onshore (terra) e offshore (mar) e híbrido e avance na consolidação de produção do hidrogênio verde.

“As condições estão criadas. Temos grandes empresas nacionais e estrangeiras que já fabricam as torres e aerogeradores no Estado. Estamos formando uma cadeia econômica com objetivo de fomentar mais investimentos em energia renovável em substituição aos de energia fóssil, com foco futuro na produção de hidrogênio verde”, revelou.

Além dos memorandos assinados com diversas instituições parceiras do HUB de H2 Verde o Governo do Ceará protocolou um termo de entendimento com a empresa australiana Enegix Energy, que pretende construir uma primeira planta de produção de H2 verde, no Porto do Pecém, com valor estimado em 5,4 bilhões de dólares.

Em live, o CEO da empresa australiana Wesley Cooke, participou da reunião virtual com a presença do governador do Ceará, Camilo Santana, e assinou virtualmente o termo de compromisso. “Vai apresentar o potencial do Estado para se tornar um produtor e fornecedor global de Hidrogênio Verde, contribuindo assim com a redução dos níveis globais de CO2 e gerando novos investimentos e novas oportunidades de negócios e de empregos na região”, disse o governador.

A Enegix é especializada em gerenciar redes de energia em escala de utilidade, alimentadas de forma renovável,  por hidrogênio, considerado componente chave usado para armazenamento e distribuição de eletricidade, transporte, aplicações de combustível e usinas de reeletrificação para impulsionar o uso de energia limpa pelos principais mercados.

Reprodução: Revista NORDESTE

 

O Hidrogênio verde

A tecnologia, por meio de eletrólise,utiliza a corrente elétrica para separar o hidrogênio do oxigênio que existe na água, e é considerado hidrogênio verde quando extraído a partir das energias eólica e solar. “É uma cadeia econômica muito forte. Vai colocar o Ceará na tendência mundial do mercado da descarbonização. E se acertarmos será a loteria da vida na economia cearense”, aposta Maia Júnior. Atualmente , no Ceará, existem 84 parques eólicos em funcionamento com potência instalada de 2, 2 GW e oito projetos solares com potência de 218 MW.

Bahia, de energia fóssil para um dos players de fontes renováveis

Com 311 projetos eólicos na Bahia, sendo 185 em operação (4.691MW), 56 projetos em construção (1.352MW) e 70 (2.250MW) terão a construção finalizada até 2025 respeitando a data de entrega da energia a ser gerada, o estado desponta como um dos líderes do País, com investimentos de R$ 31,7 bilhões.

A média de empregos é de 15 empregos gerados por MW em toda a cadeia produtiva, portanto mais de 70 mil postos foram gerados nos 185 empreendimentos em operação e mais de 50 mil serão gerados com a construção dos 126 projetos, sendo 50% desses empregos são gerados na fase de construção dos empreendimentos.

Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, 38 municípios baianos são beneficiados, principalmente na região semiárida do estado onde se concentra o melhor potencial eólico e proporcionando a interiorização do desenvolvimento. Os três municípios com mais projetos estão no sudoeste baiano: Sento Sé: com 58 projetos e 1.513 MW, Morro do Chapéu: com 33 projetos e 904 MW e Campo Formoso: com 26 projetos e 805 MW.

Para agregar valor à produção instalada, o Estado ainda mantém um cinturão de grandes fornecedores de insumos para o setor. A cadeia produtiva consolidada gera mais de 3 mil empregos nas unidades industriais dos principais fabricantes de equipamentos do setor: Aerogeradores (GE/Alstom, Nordex/Acciona e Gamesa) e Torres (Torres Eólicas do Nordeste, Torrebrás e Wobben).

“A Bahia caminha para se tornar uma potência ainda maior do que já é. Energias Renováveis é o futuro, e a Bahia está na vanguarda neste segmento, seja na atração de novos negócios, seja na consolidação deste potencial”, afirma o vice-governador João Leão, secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia.

O Estado disputa cada MW no ranking estadual de produção eólica com o Rio Grande do Norte, atual líder segundo a ABEEólica. No entanto,  para o vice- governador João Leão a Bahia é líder na geração de energia eólica e solar no País.

“Em 2020, o estado foi responsável por 29,5% de toda energia gerada pela fonte, já solar por 31,7%. Juntos, os 215 parques eólicos e solares em operação já investiram mais de R$ 3,9 bilhões e geraram mais de 61,6 mil empregos, em especial, na região semiárida da Bahia. Até 2025, 186 novos parques de energias renováveis vão injetar mais de R$ 21,7 bilhões no estado e criar mais de 120,3 mil novas vagas de trabalho”, declarou Leão.

Energia solar na Bahia é impulsionada pela geração distribuída

A Bahia possui um alto potencial de geração com excelentes níveis de radiação, além de possuir uma ampla área para instalação de usinas na região do semiárido. Em 2020 o estado foi responsável por 31,7% de toda energia gerada pela fonte. Com 90 Projetos na Bahia (conforme informações da ANEEL),  o Estado mantém 30 em operação (780 MW), 5 em construção (273 MW) e 55 (1.939 MW) terão a construção finalizada até 2024, com investimento total de R$ 12,5 bilhões.

Dos municípios baianos beneficiados com projetos de energia fotovoltaica quase todos estão localizados na região semiárida do Estado, com maior densidade em Juazeiro, com 30 projetos (965 MW), Oliveira dos Brejinhos com 8 projetos (387 MW) e Bom Jesus da Lapa com 14 projetos (362 MW). A média é de 30 empregos gerados por MW, conforme informações da ABSOLAR, em toda a cadeia produtiva (equipamentos, construção, operação e manutenção).Como o estado não possui cadeia produtiva instalada os empregos gerados são os diretos na fase de construção dos empreendimentos. Portanto, aproximadamente 10.200 postos já foram gerados na construção dos 30 projetos que já estão em operação e mais de 28.000 estão previstos.

Solar distribuída

Com grande potencial para geração distribuída (microgeração, até 75 kW, e minigeração, até 5 MW), na qual os painéis são instalados em residências e prédios comerciais, a Bahia desponta nesse setor. Somente na área residencial, o potencial de geração distribuída é 4,4 vezes maior que o consumo existente de energia elétrica residencial. São 15.525 empreendimentos de micro e mini geração distribuída, totalizando 167 MW e 18.227 unidades consumidoras que recebem os créditos dos projetos, conforme dados da Aneel, de fevereiro deste ano.

 

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