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Revista NORDESTE: Engenharia brasileira conduz estratégias para avançar; presidente eleito do Confea anuncia 5 linhas de frente

A edição 202 da Revista NORDESTE traz uma entrevista com o novo presidente do Confea, Vinícius Marquese.

 

Uma eleição online levou o engenheiro à presidência do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA).

 

Em entrevista exclusiva à Nordeste, Marchese ressalta a importância da eleição online, enfatizando que ela democratizou a participação dos profissionais no processo eleitoral.

 

Leia a nova NORDESTE aqui

 

Engenharia brasileira conduz meios e estratégias para avançar e superar

 

 

Primeiro presidente eleito do CONFEA de forma online, Vinícius Marchese anuncia 5 linhas de frente como proposta

 

 

Por Walter Santos

 

 

 

A engenharia e agronomia brasileira acabam de eleger pela primeira vez o engenheiro Vinícius Marchese, de São Paulo, como presidente do Confea. Em Entrevista Exclusiva à NORDESTE, ele pontua com detalhes o significado da sua eleição e aponta os cinco pontos de sua gestão em diante. Leia:

 

 

Revista NORDESTE – Como o senhor encara a condição de ter sido o primeiro presidente eleito no Confea pelo modelo digital, aliás com grande participação? Onde a condição internáutica mudou para melhor a escolha dos dirigentes?

Vinicius Marchese – Sou um grande defensor da tecnologia e da inovação. Por isso, sempre acreditei que a eleição online do Sistema Confea/Crea e Mútua é uma forma de democratizar o processo e aproximar o profissional da participação. Fico feliz em ter sido o primeiro presidente eleito desta forma. Afinal, nos últimos anos estamos vendo a importância que a comunicação digital tem em qualquer processo. Hoje, as pessoas pesquisam, debatem e questionam de forma online e, também, formam comunidades a partir do interesse coletivo. É a partir desta evolução que queremos aproximar, cada vez mais, os mais de 1 milhão e 100 mil profissionais da área tecnológica registrados. Juntos, vamos construir novas ideia e projetos e o universo digital é fundamental para nos conectarmos.

 

NORDESTE – Qual sua leitura pessoal sobre o processo eleitoral em todo País enquanto mobilização profissional sabendo que há expressiva abstinência?

Vinicius Marchese – Acredito que estamos no caminho certo. Acabamos de bater o recorde de participação na história das eleições do Sistema. É claro que ainda é um número baixo se compararmos a dimensão que temos, mas é o primeiro passo. Nosso papel nos próximos três anos é criar projetos que impactem a vida dos engenheiros, agrônomos, geocientistas e tecnólogos do Brasil, para que eles se sintam representados pelo Conselho. É desta forma, aproximando o profissional, que na próxima eleição aumentaremos o número de participantes. Gerar valor e trazer para perto para que no próximo processo ele se sinta peça fundamental: esse é o nosso objetivo.

 

NORDESTE – Na sua opinião, qual o nível de padrão conceitual e político do novo processo eleitoral com cada um podendo votar de sua residência sem comparecimento presencial?

Vinicius Marchese – A eleição online democratizou a participação dos profissionais. Nossa eleição não é obrigatória e o comparecimento em horário do expediente limitava o processo. A comprovação que este modelo é mais dinâmico foi vista nos números da votação. Foram mais de 140 mil profissionais que participaram e dedicaram um tempo para contribuir com a construção do Sistema.

 

NORDESTE – Como o Confea aguarda o futuro próximo no segmento de engenheiros e agrônomos de agora em diante utilizando avanços seguidos da Inteligência Artificial?

Vinicius Marchese – A inteligência artificial é um tema que trabalhamos bastante nas palestras e debates que fazemos, principalmente nas universidades para os futuros profissionais. A AI é uma realidade, ela já está em nossas vidas. O que precisamos agora é fazer com que nossa classe entenda a importância de conhecer a ferramenta e fazer dela um diferencial dentro do mercado de trabalho. Estamos falando de um país que vai ter um déficit de 530 mil engenheiros nos próximos dois anos. Nosso trabalho precisa ser pela nossa valorização e para que a capacitação dos nossos profissionais seja mais próxima do que o mercado de trabalho busca. É utilizando a tecnologia como ferramenta de transformação que vamos conseguir fazer da engenharia pilar do desenvolvimento nacional.

 

NORDESTE – Conceitualmente quis são as principais bandeiras de lutas do Confea?

Vinicius Marchese – Nós dividimos nosso Plano de Trabalho em 5 frentes de gestão: expandir, fiscalizar, regularizar, valorizar e inovar. Dentro destes eixos, queremos aperfeiçoar o trabalho da fiscalização, que é nossa atividade fim, e também dos serviços, unificando e ampliando os processos tecnológicos. Quando falamos em regularizar, é ter uma atuação junto a entidades públicas e governamentais com o objetivo de atualizar e modernização a atuação dos profissionais. A valorização por meio do acesso à capacitação e a inovação com o desenvolvimento de um ecossistema que aperfeiçoe a experiência dos profissionais e empresas dentro dos Conselhos. E, por último, expandir os projetos que deram certo nos regionais, tornando programas nacionais.

 

NORDESTE – Por fim, quais as estratégias para fazer fazer as reivindicações da engenharia – agronomia no Congreso Nacional?

Vinicius Marchese – A aproximação com o Congresso Nacional é uma das pautas principais da nossa gestão. É assim que estamos trabalhando em São Paulo e queremos levar para o Brasil. Afinal, é neste espaço que as decisões são tomadas e a nossa vida pessoal e profissional é modificada. Muitos dos avanços que precisam ser feitos na nossa classe dependem de um projeto de Lei. Como, a Lei que torna crime o exercício ilegal da profissão, Reforma Tributária, discussão que participamos efetivamente, para que profissionais liberais, como engenheiros, agrônomos, geocientistas tivessem o imposto reduzido m 40% na nova carga tributária, carreira pública de Estado e Lei Federal de Inspeção Predial Periódica. Hoje, em São Paulo, o Conselho é visto como uma fonte técnica para o Governo e queremos fazer do Confea esse instrumento, também. Por isso, precisamos fortalecer a Frente Parlamentar e mostrar o tamanho da representatividade que temos no país.

 

NORDESTE – O que o Sr promete e garante ao segmento nos próximos tempos?

Vinicius Marchese – Trabalho. Essa é a nossa principal garantia aos profissionais. Durante nossa campanha, visitamos os 26 Estados e o Distrito Federal com o objetivo de ouvir as demandas. Afinal, o nosso país é continental, mas as demandas são regionais. Agora, após conhecer todas as particularidades dos Creas regionais e a realidade dos engenheiros de cada canto do país, vamos construir juntos projetos que atendam a área tecnológica brasileira.


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