BRASIL

Revista NORDESTE entrevista Rui Falcão, líder nacional do PT

No ano em que o PT completa 12 anos de poder será colocado à prova nas urnas, com um novo cenário de eleição que supera a dicotomia de PT contra PSDB. Mesmo assim, o presidente nacional petista, Rui Falcão está tranquilo e diz que o partido tem dialogado com a base aliada e com os movimentos sociais sem ‘salto alto’, agindo com equilíbrio e serenidade. Em entrevista exclusiva à Revista NORDESTE, Falcão conta que o Nordeste é prioridade para o partido desde 2002, notadamente na economia, e que nem o atraso nas obras da transposição do Rio São Francisco deve abalar a confiança da região na presidente Dilma Rousseff (PT).

Como o PT está se preparando para estas eleições nacionais em 2014?

Para começar, o PT está com a casa bem arrumada. Não apenas para as eleições, mas com a democracia bem instalada e a vida partidária organizada. Este ano comemoramos nossos 34 anos (em fevereiro), com uma coesão interna muito forte e com a estratégia bem definida para as próximas eleições. Na celebração do nosso aniversário, faremos em cadeia nacional, com os nossos diretórios, atos que vão marcar o início do nosso engajamento eleitoral. Será a nossa largada de mobilização. Na prática, nós já estamos trabalhando. Temos dialogado muito, tanto internamente, quanto com os outros partidos e também com os movimentos sociais. Por isso, tenho percorrido tantos estados. Nós estamos sem salto alto, agindo com equilíbrio, sinceridade e serenidade. Podemos dizer que temos usado bem os dois ouvidos, na tentativa de acertar bem nossos futuros palanques. Temos muita convicção e segurança do nosso projeto e queremos amplificar a participação da presidenta no máximo possível de candidaturas pelos estados. Como presidente nacional do PT e coordenador da campanha, iniciei nossas incursões pelo Nordeste, como vocês da revista puderam observar. Quanto ao cenário político, o que as pesquisas de opinião mostram é que somos um partido bem avaliado, que nosso governo e nossa candidata são bem avaliados. Estamos bem, mas nada de soberba ou de subestimação dos adversários, é o que tenho repetido. Temos de nos preparar para vencer. Por isso, o engajamento e a participação da militância são decisivos, indispensáveis.


 Quais serão as prioridades para o partido neste ano? Já há governos específicos onde o PT tenha definido como estratégico?

O PT tem clara sua estratégia eleitoral para 2014: reeleger a presidenta Dilma Rousseff, ganhar as eleições em mais estados, continuar governando os quatro que estão sob comando do partido (RS, AC, BA e DF), e ampliar nossas bancadas no Senado, na Câmara e nas Assembleias Legislativas. Já definimos candidaturas próprias em vários estados, como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Roraima, Piauí, Mato Grosso do Sul, Goiás, além de Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Acre e Bahia. Além da pauta eleitoral, o PT mantém em curso suas ações partidárias, como a campanha pela reforma política e a democratização da mídia.

A presidente Dilma enfrentará dois ex-aliados e colegas de Ministério, Eduardo Campos e Marina Silva. Como o PT vê esta ‘insurgência’? O partido não deu espaço suficiente para ambos?

Não tratamos estas candidaturas como “insurgência”, mas como uma disputa política democrática. Entendemos que eles têm ambições e projetos próprios, hoje diferentes do nosso e aparentemente mais próximos da oposição, cujos projetos, aliás, já são conhecidos por todo o país e sucessivamente derrotados nas urnas.
 

(Veja a entrevista completa na Edição nº88 da Revista NORDESTE já disponível nas bancas de todo país)


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