BRASIL

Revista NORDESTE: indústria afetada pela crise em PE

Por Paulo Dantas

O Estado procurou investir na expansão das cadeias produtivas, estimulando a interiorização da iniciativa privada. Aliado a isso, foram implantados os chamados investimentos estruturadores: refinaria, petroquímica e estaleiro. Hoje, a economia de Pernambuco tem demonstrado estabilidade no setor industrial, declínio da agropecuária e o constante aumento relativo do setor de serviços no período de 2010 a 2013. Das 18 atividades econômicas que compõem o PIB de Pernambuco, apenas quatro apresentaram redução nos últimos anos – a agricultura (-27,5%) e a pecuária (-5,8%) no setor primário, a indústria de transformação (-0,7%) no setor industrial, e os serviços domésticos (-3,7%), no terciário.


No que se refere ao setor industrial houve expressivo crescimento na construção civil (24,2%), entre 2010 e 2013, em virtude de fortes investimentos estruturantes, das obras públicas de infraestrutura e da construção imobiliária. Em relação ao setor de serviços, observa-se o expressivo crescimento das atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas, de transporte, armazenagem e correios e de alojamento e alimentação.


Já no período que compreende 2014 a 2015 o PIB do estado teve queda e ficou em menos 3,5%. Dados preliminares apontam crescimento apenas do setor agropecuário de 3% (2014) para 5% em 2015. Em todos os demais setores houve queda. Indústria teve a queda mais acentuada, saiu de 0,3% (2014) para menos 6,6%. No setor de Serviços a queda foi de 2,8% (2014), para menos 2,7%. Na agropecuária, em 2014, destacaram-se os incrementos nas lavouras temporárias (crescimento de 8,7%) de milho, mandioca, feijão e cana-de-açúcar e nas lavouras permanentes de uva, manga e banana. A pecuária apresentou crescimento de 6,9%, especialmente devido ao aumento na produção de ovos e leite. A agricultura teve crescimento de 4,3%, apesar das lavouras permanentes terem reduzido em 1,2%, influenciadas pela queda na produção de banana, coco-da-baía e maracujá, que não foi contrabalançada pelo desempenho positivo da manga e da uva.
Um ponto positivo é que o Vale do São Francisco já é o maior produtor de uva de mesa do Brasil, responde por 99% da uva de mesa e 79% da manga exportadas pelo país. O inhame é outra cultura significativa para Pernambuco, que é o segundo maior produtor do Brasil. Em relação aos rebanhos, a pecuária apresentou crescimento de 6,9% no PIB do Estado em 2015. O destaque é para a Avicultura que tem se consolidado como setor produtivo promissor, gerando mais de 150 mil empregos (diretos e indiretos), com 1.476 produtores no Estado, que é o 5º maior produtor de ovos e o 8º de cortes de frango.


A produção industrial cresceu 1,3% no ano de 2014, de acordo com dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do IBGE. A maior contribuição positiva sobre o total da indústria foi apontada pelo setor de produtos alimentícios (8,9%), impulsionado, principalmente, pelo aumento na produção de açúcar refinado, produtos embutidos ou de salamaria e outras preparações de carnes de aves, açúcar VHP e sorvetes, picolés e produtos gelados comestíveis. No entanto, em 2015 a Indústria apresentou queda de 6,6. No turismo os destinos Recife, Ipojuca e Fernando de Noronha recebem 75% dos turistas. O PIB do Estado de Pernambuco fechou o ano de 2014 com um crescimento de 2,4%. O resultado refletiu elevações de 3,0% da agropecuária, 0,3% da indústria e 2,8% dos serviços. Contudo, com a queda de 3,5% em 2015, o PIB de Pernambuco ficou em R$ 155,4 bilhões.

 

PIB de Pernambuco – IBGE (2013)

R$ 140,7 bilhões

Participação no PIB Nacional

2,65%

Participação no PIB per capita

R$ 15.282,28


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