BRASIL

Revista NORDESTE: Mais planejamento para a Saúde no Ceará

Número de Hospitais SUS: 262

Expectativa de Vida ao nascer: 73,4

Mortalidade Infantil: 15,8

O serviço público de Saúde é sempre alvo de críticas. Sempre falta alguma coisa. No Ceará essa realidade não é muito diferente, mas nos últimos meses as reclamações têm sido mais repetitivas. Na gestão do governador Cid Gomes (o governador hoje é Camilo Santana), muitos hospitais foram construídos, o que sem dúvidas é um ponto positivo, porém alguns deputados da Assembleia Legislativa do Estado apontam falhas. Carlos Matos, do PSDB, afirma que faltou a realização de uma rede de atendimentos e pediu mais diálogo entre estado e municípios.
Um dos mais respeitados médicos do estado do Ceará, o cardiologista Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, afirmou que o maior problema para a saúde não dar certo é a politização da mesma.

Para o médico, é preciso acabar com velhas práticas, como nomeações políticas, e indicar nomes técnicos para cargos de gestão. “Pessoas que conheçam a área, que saibam das necessidades dos profissionais e também da outra ponta, dos pacientes. Muito se confunde finalidade e meio. A finalidade da saúde é atender pessoas. Hospitais, equipamentos, isso é meio. Mas hoje se vive a ilusão que a finalidade é apenas a estrutura física, equívoco que afasta os gestores da realidade da população”.

A deputada estadual Doutora Silvana (PMDB) defendeu na Assembleia do Estado que a saúde pública precisa ser prioridade para receber recursos, caso contrário não será possível resolver os problemas da área. “Enquanto não tiver uma prioridade de recursos do Governo Federal, do Estado, das prefeituras, não tem como resolver o caos que hoje é a saúde”. A parlamentar chega ainda a defender que festas como Carnaval e São João não sejam promovidas com dinheiro público diante da urgência dos problemas da Saúde. Sem tirar a real necessidade de recursos para a Saúde, o cardiologista Sobrinho afirma que a questão financeira não é a maior causa de problemas para a área. “Dizer que não tem dinheiro é a melhor desculpa para não procurar uma saída. Falta um planejamento mais amplo, que envolva formação de profissionais e preocupação com áreas afins, como saneamento básico”. Para o médico, “é por isso que doenças e limitações antigas, como a dengue ou hospitais que não funcionam, permanecem sem solução”.
 


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