Bacia Potiguara, no Rio Grande do Norte, deflagra primeira fase da Margem Equatorial nos próximos tempos.
Não precisa ser expert em matrizes energéticas, inclusive petróleo e gás. Basta, por exemplo, buscar informações básicas no conteúdo da Petrobras para constatar que a empresa se diz “totalmente tomada por trabalhar sempre para atender a demanda de energia, desenvolver a produção e expandir nossos horizontes no País ”.
No caso específico da Margem Equatorial, esta se localiza se estendendo do Norte do Brasil ao Nordeste, especialmente ao Rio Grande do Norte, apresentando o que a Petrobras define conceitualmente como “um importante potencial petrolífero e conta com uma série de oportunidades para melhorar a vida de milhares de brasileiros”.
De forma objetiva projeta existir a possibilidade de gerar empregos, aumentar a arrecadação e participar de um desenvolvimento regional e nacional”.
HISTÓRICO DE CONCEITOS
Embora conviva com resistência em setores ambientalistas até no governo, a Petrobras argumenta que “para atuar nesta região, nada melhor do que ter uma empresa brasileira, referência mundial em exploração em águas profundas e ultraprofundas”.
A empresa garante que “os nossos projetos para a área aproveitam toda a experiência bem-sucedida em diversas bacias sedimentares do Brasil, como as de Campos e Sergipe-Alagoas, bem como o pré-sal”.
E acrescenta: “A Petrobras já perfurou mais de 700 poços na Margem Equatorial e tem como valor garantir uma atuação segura e responsável. Seguimos os mais rigorosos padrões operacionais, técnicos e de segurança buscando suprir a demanda energética da sociedade brasileira”.
Pela projeção de cronograma efetivo da Petrobras, as obras na Bacia Potiguara devem se iniciar nos próximos tempos, em data a ser definida pelos novos estudos. A expectativa é muito alta por parte do governo estadual.
Por que a Margem Equatorial?
Para a Petrobras, “a região possui um potencial petrolífero relevante, ainda mais se formos considerar as descobertas recentes feitas por outras em regiões próximas a essa fronteira (Guiana, Guiana Francesa e Suriname)”.
Há mais argumentos “Pelas características do óleo e pela estimativa dos volumes existentes, a Margem Equatorial desperta interesse não só da indústria brasileira, como também do mercado internacional de petróleo e gás, que identifica oportunidades promissoras na região que precisam ser desenvolvidas”.
Em face desta realidade, a Petrobras argumenta com dados que “nosso Plano Estratégico (2023-2027) prevê um investimento de US$ 2,9 bi nessa região nos próximos cinco anos e a perfuração de 16 poços a partir do 1º trimestre de 2023. Isso nos permitirá contribuir com o atendimento à demanda crescente por energia a partir de uma produção realizada com investimentos tecnológicos que garantem segurança operacional e cuidado ambiental”.
Soluções Tecnológicas e Ambientais
Para fazer frente aos novos investimentos, a empresa observa que “nossas atividades de exploração e produção de petróleo são reconhecidas mundialmente. Um dos motivos para esse reconhecimento é o uso de tecnologias de última geração que reduzem as emissões da nossa operação”.
E, dando maior ênfase ao compromisso da empresa com o meio ambiente, conclui: Essas soluções, inclusive, colocaram a Petrobras entre as empresas com menos emissões proporcionais de gases de efeito estufa do mundo!
O que é o Projeto da Margem Equatorial?
A Margem Equatorial é um programa de exploração e produção de petróleo e gás natural na região em alto-mar que se estende da Guiana ao Estado do Rio Grande do Norte, no Brasil.
A região é considerada uma nova fronteira de exploração petrolífera no país, pois possui um potencial significativo de reservas.
Abrange cinco bacias em alto-mar, entre o Amapá e o Rio Grande do Norte, entre elas a Bacia da Foz do Amazonas, no litoral do Amapá.
Bacia da Foz do Amazonas, no Amapá. Essa bacia é a mais promissora da Margem Equatorial, com um potencial de reservas de mais de 5,6 bilhões de barris de petróleo.
A licença para prospecção e exploração da Foz do Amazonas foi negada pelo Ibama em maio deste ano e gerou debates públicos sobre a exploração da região.
O Ibama alegou que a decisão foi tomada “em função do conjunto de inconsistências técnicas” para uma operação segura em nova área exploratória.
Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte; É a segunda mais promissora da Margem Equatorial, com um potencial de reservas de mais de 2 bilhões de barris de petróleo. A Petrobras já obteve licença ambiental para realizar a avaliação da região.
Bacia de Sergipe-Alagoas, em Sergipe e Alagoas; É a terceira mais promissora da Margem Equatorial, com um potencial de reservas de mais de 1 bilhão de barris de petróleo. A Petrobras já possui blocos de exploração na região.
Bacia de Ceará, no Ceará; É a quarta mais promissora da Margem Equatorial, com um potencial de reservas de mais de 500 milhões de barris de petróleo.
Bacia de Pernambuco, em Pernambuco. É a quinta mais promissora da Margem Equatorial, com um potencial de reservas de mais de 300 milhões de barris de petróleo. A bacia se estende por uma área de 212.901 km², cobrindo também parte dos estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte.
Em paralelo, a Petrobras informou que, em cinco anos, pretende perfurar 16 poços exploratórios na Margem Equatorial.
O investimento previsto para a região é de cerca de US$ 3 bilhões, direcionado para projetos de pesquisa e investigação do potencial petrolífero da região.
A nova fronteira está sendo chamada do “Novo Pré-sal”
A Bacia Potiguar, a primeira a ser explorada, abrange porções marítimas dos estados do Rio do Grande do Norte e do Ceará e é parte da chamada Margem Equatorial brasileira, que se estende entre os estados do Amapá e do Rio Grande do Norte.
A Potiguar é a segunda mais promissora da Margem Equatorial, com um potencial de reservas de mais de 2 bilhões de barris de petróleo. A Petrobras já possui blocos de exploração na região.
A Petrobras planeja iniciar a perfuração de poço na Bacia Potiguar ainda em outubro iniciando com duas perfurações exploratórias na região .
Em comunicado, o primeiro poço será perfurado a 52 km da costa, no poço de Pitu.
Pitu já havia recebido um poço de extensão, também com descoberta, em 2015, o último a ser realizado em toda a Margem Equatorial brasileira, que engloba bacias marítimas do Rio Grande do Norte ao Amapá.
A petroleira destacou que o projeto de avaliação da descoberta de Pitu, na Bacia Potiguar, está previsto no atual Plano Estratégico da Petrobras, para o período entre 2023 e 2027.
Quais são os desafios do projeto?
A distância da costa;
As condições climáticas adversas;
A presença de comunidades tradicionais na região;
As preocupações ambientais.
Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.