BRASIL

Revista NORDESTE: plano econômico do Piauí prevê retorno de R$ 300 bilhões

O Piauí que está por vir

Piauí lança Plano de Desenvolvimento Sustentável que prevê investimentos de até R$ 65 bilhões e retorno de até R$ 300 bilhões até 2050

Em agosto o Piauí passou a ter oficialmente um plano de ações de longo prazo, ao apresentar seu Plano de Desenvolvimento Econômico e Sustentável (PDES), que estipula metas de investimento em diversos setores econômicos até 2050. O Plano prevê uma aplicação gradual de R$ 65 bilhões em áreas específicas, gerando em retorno o montante de R$ 300 bilhões até a metade do século. Desenvolvido pela Secretaria de Planejamento e apresentado pela Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí (Cepro) em conjunto com o governador do PI, Wellington Dias (PT), o PDES foi pensado para impulsionar áreas estratégicas para o estado e para o Nordeste. A intenção é gerar frutos para toda população. O Plano tem foco no desenvolvimento de 5 áreas: turismo, energias renováveis e gás natural, agronegócio, mineração e infraestruturas de transportes e logística.

Do povo e para o povo

Segundo o próprio projeto, o PDES “não é um plano de governo, e sim um plano de Estado”, que servirá de base para os governos posteriores. Com o slogan “O futuro que a gente quer”, o plano foi desenvolvido em parceria com a sociedade piauiense. A empresa Diagonal, contratada pelo governo, ficou encarregada de levantar dados junto à população e por meio de pesquisa bibliográfica quais os setores potenciais a serem investidos no estado. Os resultados obtidos foram a base para o desenvolvimento do projeto.

Entre as melhorias almejadas, e que terão participação do PDES, estão o aumento de empregos formais, que no ano de 2012 eram de 400 mil, para 3,6 milhões em 2050 – sendo 1,4 milhão desses empregos, ou 37 mil por ano, contribuição do PNEDS; aumento do PIB per capita; e o aumento do IDH (mais empregos e renda, mais investimentos em educação e em saneamento ambiental). “Nesse momento estamos passando para uma média de 0,7 no Índice de Desenvolvimento Humano e, através desse Plano, pretendemos chegar a 0.8 até 2025, que equivale a uma média muito alta de desenvolvimento. Significa uma média de escolaridade elevada, uma renda mais alta e uma expectativa de vida acima de 75 anos. Para a concretização dessa meta, estaremos abertos a críticas e opiniões para aperfeiçoar a versão final que está sendo apresentada hoje”, pontuou, à época do lançamento do plano, o governador Wellington Dias.

O plano, que pode ser acessado no site do governo, apresenta as metas e “como se chegar lá”, e como resposta oferece 7 programas: atração de investimentos privados, apoio à agricultura familiar, educação e capacitação trabalhista, estratégias socioambientais, fortalecimento da gestão e investimento no setor público, avanço científico e valorização da cultura e identidade piauiense. “Parte do dinheiro já está sendo investido. O que trabalharemos agora é a mobilização para conseguir recursos adicionais para aqueles setores que são atrativos no estado e que possuem vantagens locacionais, que apenas o Nordeste ou Piauí têm”, afirmou o presidente da Cepro, Antônio José Medeiros.
Áreas como agronegócio, mineração e energias renováveis já são bastante procuradas por investidores privados, sem grande necessidade de mobilização do governo, segundo Medeiros.

Seguindo os trilhos


O plano aponta dois setores com potencial em desenvolvimento no Piauí: a agricultura, no sudoeste do estado, e a mineração de ferro, principalmente em Paulistana, a maior reserva do metal no Piauí e uma das maiores no país, com 800 milhões de toneladas. Entretanto, o projeto aponta que o Piauí sofre de um mal comum a todo Brasil: a falta de infraestrutura em transportes. Por isso mesmo o programa irá concentrar a maior parte dos recursos em infraestruturas de transportes e logística, o setor irá abocanhar R$ 42 bilhões do total. O projeto aponta uma solução interessante, apostando na ampliação de sua malha ferroviária. Ainda em 2015 o governador Wellington Dias propunha a criação da Ferrovia do Meio Norte Brasileiro, ligando a cidade de Luís Correia, no extremo norte piauiense à Transnordestina, que adentra o estado, vindo de Pernambuco. A ferrovia faria ligação ainda com a Ferrovia Norte-Sul, que corta o país longitudinalmente e possui um braço adentrando o Piauí à oeste, e com a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), que liga a Bahia ao Tocantins. A intenção seria fechar um eixo ferroviário na região chamada MATOPIBA (Maranhão, Piuaí, Tocantins e Bahia), considerada “a última fronteira agrícola do país”.
 

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