Não param de surgir evidências e novos fatos na investigação do FBI sobre a corrupção no futebol. De acordo com jornal “Folha de S.Paulo”, José Maria Marin, ex-presidente da CBF e um dos presos na operação de quarta-feira na Suíça, dividiu propinas recebidas pela exploração comercial da Copa de 2014 no Brasil com Ricardo Teixeira, também ex-presidente, e Marco Polo Del Nero, atual mandatário da entidade.
No ano passado, no mês de abril, quando ainda era o presidente da CBF, Marin teria conversado com J. Hawilla, dono da empresa de marketing Traffic, e sugeriu que a propina que vinha sendo compartilhada com o antecessor Ricardo Teixeira deveria ser paga apenas a ele e a Del Nero, que viria a ser o futuro presidente.
Segundo a reportagem, quando Hawilla perguntou se era necessário continuar pagando propinas para Teixeira, Marin soltou a frase: “Está na hora de vir na nossa direção. Verdade ou não?”. O dono da Traffic concordou: “Claro, claro, claro. Esse dinheiro tinha de ser dado a vocês.”
Autoridades suiças, juntamente com o FBI, iniciaram na madrugada desta quarta-feira (horário de Brasília) uma operação para prender funcionários do alto escalão da Fifa e extraditá-los aos Estados Unidos – o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, está entre os detidos.
Horas após o início da operação policial, as autoridades suíças também abriram procedimentos criminais sobre a forma como se deram as escolhas das Copas do Mundo na Rússia, em 2018, e no Catar, em 2022.
IG
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