BRASIL

Robinson Faria promete transparência

Em seu primeiro pronunciamento como governador eleito do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, do PSD, prometeu um governo eficiente, transparente e com um caráter humanitário. Ele foi eleito com 877,3 mil votos ou 54,4% dos votos válidos no estado, em uma disputa com o atual presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, do PMDB.

“Buscarei a eficiência da máquina pública. Nada de projetos mirabolantes, porque temos que ter um governo que pense nas pessoas, nas crianças. Será um governo humanitário, um governo solidário. Temos 400 mil pessoas abaixo da linha da pobreza. Vamos fazer um governo humanitário na saúde, na área social, na segurança, no homem do campo, nas crianças”, afirmou Robinson.

Ele comprometeu-se a tornar todos os gastos de seu governo transparentes para a população. “O povo vai acompanhar cada gasto do governo. Vou procurar os órgãos de controle, o Ministério Público, o Tribunal de Contas, a CGU [Controladoria-Geral da União] e vamos fazer um comitê gestor de fiscalização de todos os gastos do governo. O povo vai saber cada centavo que será gasto pelo governo do estado.”

Robinson também defendeu uma política tributária agressiva e disse que vai conversar com empresários, para evitar a migração de empresas para estados vizinhos e para atrair novos empreendimentos. Em coletiva no playground do prédio onde mora, na orla de Natal, o governador eleito disse que não culpará seus antecessores, caso não tenha sucesso em suas políticas.

“Vou acabar com aquela mania de dizer que eu preciso de um tempo para arrumar a casa. Tem que começar já trabalhando, no primeiro dia. A segurança pública vai ter que começar a dar sua resposta na primeira semana do nosso governo. Nada de olhar para trás, sem procurar desculpas, o que não conseguir fazer é por culpa do governador. Não vou culpar ninguém”, prometeu.

Outra proposta de Robinson é usar consultores e pensadores do próprio estado para encontrar soluções para os problemas do estado e de nomeações técnicas para cargos de confiança. “Será um governo de planejamento para os quatro anos. Quando eu assumir em janeiro, vou trabalhar para já saber como será meu governo nos próximos quatro anos. Nosso governo será técnico. Estou totalmente livre, como governador eleito para premiar a competência. Não será a cor partidária, nem a bandeira política, o fator decisivo da nomeação da minha equipe”, afirmou.

Segundo Robinson Faria, sua eleição é uma ruptura com a velha política potiguar. Ele atribuiu sua vitória ao apoio de sua família e das pessoas nas ruas, que passaram a conhecê-lo e a apostar em sua proposta.

Sem maioria na Assembleia Legislativa, já que sua coligação elegeu apenas seis dos 24 deputados estaduais neste ano, o governador eleito disse que buscará o diálogo com os parlamentares, de forma a beneficiar o Rio Grande do Norte.

“Eu fui deputado estadual. Irei dialogar com os deputados estaduais. Vou apresentar propostas para salvar o estado e acho que eles serão cooperativos porque o que está em jogo não é apenas o governador, é a construção do estado a partir da sociedade. Temos o compromisso de salvar o estado. Sou um homem que tem a marca do diálogo.”

Em um breve pronunciamento pouco antes do encerramento oficial da apuração, o candidato derrotado na eleição, Henrique Eduardo Alves, agradeceu aos eleitores que votaram nele. “Saio [da eleição] muito tranquilo. Tenho uma formação democrática por aprendizado também. Quero aqui desejar ao futuro governador eleito, Robinson Faria, que cumpra seus compromissos. Da nossa parte, ele terá uma oposição respeitosa, vigilante, democrática, como deve ser.”

Após a entrevista coletiva, em que esteve acompanhado pela mulher e por cinco de seus seis filhos, Robinson saiu em carreata pela cidade de Natal, para agradecer aos eleitores da cidade.

 

(Do iG)


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