BRASIL

Romero Jucá afirma que presidente precisa dar mais atenção aos aliados

Com a vida política dividida entre Pernambuco, Distrito Federal e Roraima, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) tem fama de bom interlocutor. Ex-tucano, o pernambucano de nascimento tem trânsito fácil na base aliada e na oposição e, mesmo fazendo parte do grupo que dá sustentação a presidente Dilma Rousseff (PT) no Senado, dá o recado: a presidente precisa dar mais atenção aos aliados. Veja abaixo parte da entrevista com o senador.

O senhor se destaca no Congresso Nacional em momentos de crise, apontado soluções e fazendo a interlocução entre as duas casas e a sociedade. Como construiu essa habilidade?

Eu aprendi a fazer política em Pernambuco, uma grande escola no país. Trabalhei com Antônio Farias (ex-prefeito do Recife), José Jorge (ex-senador pernambucano), Roberto Magalhães (deputado federal e ex-senador), Marco Maciel (ex-vice Presidente da República), Joaquim Francisco (ex-governador do estado). Eu adquiri muitos ensinamentos com políticos importantes, que sempre foram referência. Depois vim para Brasília, onde ocupei diversos cargos. Fui indicado pelo ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) como presidente da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e do projeto Rondon e, posteriormente, para o governo do território de Roraima, onde estive a frente da transição de território para esse estado. Tenho uma grande gratidão política pelo ex-presidente Sarney, que me deu três oportunidades importantes na minha carreira política.

É sabido que o senhor mantém uma excelente relação no Senado, seja com políticos da direita, seja com a esquerda…

Fui aprendendo na convivência com o Senado de que esta é a casa da harmonia, a casa da convergência. Fui líder do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), do ex-presidente Lula (PT) e de parte do governo da presidente Dilma (PT), e sempre buscando a convergência. De entender como o país se constrói com visões opostas em um projeto, que é coletivo. Neste exercício, me especializei em momentos difíceis, em como construir o debate. Tenho uma ótima relação com todos os senadores, independente de partido ou de grupo político, e as pessoas sabem que quando eu faço um acordo, eu cumpro, e esta credibilidade é um fator decisivo para mediar entendimentos.

O senhor já foi dos quadros do PSDB e assumiu posto importante no ninho peemedebista. Poderia nos dizer qual a principal diferença na experiência entre os dois partidos?

Fui vice-presidente nacional do PSDB e posteriormente me integrei ao PMDB, a convite do ex-presidente José Sarney e do senador Renan Calheiros. Hoje, sou vice-presidente nacional do partido. As duas legendas são grandes, ambas têm posições políticas preponderantes. O PSDB é um partido socialdemocrata e, assim como o PMDB, está no centro do espectro político. Independente do PSDB estar na oposição e o PMDB na base do governo, os dois dialogam e dão grande colaboração ao país.

 

(Leia a entrevista completa na edição 92 da Revista Nordeste, à venda em todas as bancas)
 


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