PERNAMBUCO

Rota do Café chega à 2a edição e consolida o consumo da bebida no mercado da gastronomia em Petrolina

Por Adriana Amâncio 

 

Dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), uma pessoa do Nordeste consome, em média, por ano, 93 litros de café.

 

Mesmo estando localizada na região, a cidade de Petrolina não tinha, em sua cultura, o consumo da bebida com tanta frequência, muito menos no mês de janeiro.

 

A Rota do Café, realizada pelo Sebrae/PE e a Artfully, mudou essa realidade. O evento provou que a bebida tem potencial na gastronomia, impulsionando os lucros das cafeterias justo neste período do ano.

 

Assim, as 15 empresas participantes da primeira edição lucraram R$ 3 mil apenas com as vendas dos combos.

 

A segunda edição, que acontece entre os dias 18 de janeiro e 9 de fevereiro, reunirá 18 cafeterias, premiará os 20 primeiros clientes que percorrerem toda a rota e terá a presença do renomado barista Lucas Campos.

 

Mudança da forma de consumir

 

Rota do Café recriou a forma de consumir cafés especiais no Sertão do São Francisco.

 

Hoje, as pessoas veem a bebida como uma boa opção para momentos de entretenimento, reuniões e para harmonizar com doces e salgados específicos.

 

“Não existia a cultura do consumo, de forma especial, de café na cidade. A rota é uma surpresa imensa, pois proporcionou ao setor dos pequenos negócios um lucro que não existia no mês de janeiro”, avalia o analista da Unidade Sebrae Sertão do São Francisco, sediada em Petrolina, Charlys Wilton.

 

Expectativa

 

 

Para este ano, a expectativa do festival é superar os números de público e de faturamento e consolidar o evento no calendário turístico tornando-o longevo.

 

Nesta edição, algumas cafeterias, além de oferecerem o combo, formado por uma bebida à base de café e um doce ou salgado, devem exibir shows, saraus e organizar programações especiais, a exemplo do Dia do Brunch.

 

Há opções de combos para todos os paladares, até os mais ousados. É o caso da combinação que une o café especial com frutas e frisante rosé.

 

O evento ocorre no interior de cada cafeteria credenciada. Os participantes que consomem o primeiro combo recebem um passaporte no qual podem registrar cada uma das casas visitadas.

 

Os 20 primeiros participantes que completarem o circuito serão premiados com uma cesta formada por produtos de cada uma das 18 cafeterias participantes. Assim, além de turbinar o setor gastronômico, a Rota tem o propósito de alavancar o setor de turismo atrelado ao entretenimento, e não apenas aos negócios.

 

Pioneirismo raiz

 

Dona da primeira cafeteria genuína, isso quer dizer sem ser de franquia, de Petrolina, Geórgia Romero atua no ramo de cafés desde 2010.

 

Inicialmente, ela criou, com a consultoria do Sebrae, a empresa Como Café no Bule, que funcionou até 2019. Com a pandemia, ela deu vida à Cafeto, que funcionava em uma estrutura doméstica e atendia apenas pelo Instagram.

 

Com a retomada das primeiras atividades presenciais, após a pandemia, ela retornou ao espaço físico. A Cafeto ampliou a cartela de produtos aliando o café ao cinema e à comida afetiva e livre de conservantes.

 

Crédito: kaiocads – Rota do Café

 

Foi de Geórgia, inclusive, a sugestão de criação de um festival de café em Petrolina. A empresária avalia que a primeira edição do evento foi bastante positiva para os negócios.

 

“A Rota turbinou os lucros das cafeterias no mês de janeiro. Nos trouxe novos clientes, que consumiam doces e salgados com outras bebidas como acompanhamento e passaram a consumir o café. Um ponto positivo é que o evento é colaborativo, quer dizer, não há competição, todas as cafeterias montam combos com apenas uma bebida e um doce ou salgado e todos lucram de forma igual”, ressalta Geórgia.

 


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