BRASIL

“Se houve propina, tem que ir para o xilindró”, diz prefeito do Rio sobre Cunha

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), afirmou, nesta quarta-feira, que, se houve pagamento de propina em obras das Olimpíadas, os envolvidos têm que ir para o “xilindró”.

A declaração foi dada sobre investigações envolvendo o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), Cunha é acusado de receber dinheiro para atuar na concessão de benefícios a empreiteiras de obras da Rio-2016.A pedido de construtoras, ele negociou modificações no texto de uma Medida Provisória que concedeu isenções tributárias a empresas executoras de obras da Olimpíada. Teria cobrado R$ 1,9 milhão para atuar no caso.

“Tem que apurar, e se recebeu mesmo propina tem que prender quem recebeu e quem pagou. Assim que tem que funcionar as coisas no Brasil, mas as pessoas têm direito à defesa. Bandido que recebe propina tem que ir para a cadeia, para o xilindró. Na Olimpíada não tem Paulo Roberto”, disse o prefeito, em referência ao ex-diretor da Petrobras que foi preso na Operação Lava Jato.

Paes defendeu ainda um esforço para a unificação do PMDB, após racha contra o movimento golpista de Cunha e Temer:

“Há um esforço permanente nosso de buscar entendimento. Acho que a posição do PMDB do Rio é em defesa dessa união. A gente acha que foi uma violência a retirada do deputado Leonardo Picciani da liderança do PMDB. Essa liderança foi recuperada e o presidente Michel Temer tem sido sempre uma pessoa muito equilibrada na condução do PMDB. Vamos manter assim. É um esforço de diálogo, não dá para o partido ficar dividido”, afirmou.


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