Sergipe ficou em segundo lugar em um ranking nada positivo. Dados de 2014, que estão no relatório “Diagnóstico dos Homicídios no Brasil: Subsídios para o Pacto Nacional pela Redução de Homicídios”, apontam que o estado tem a segunda maior taxa de homicídio do Nordeste, são 45 assassinatos por 100 mil habitantes, perdendo apenas para o Ceará (46,9 homicídios por 100 mil habitantes). Na lista nacional, Sergipe aparece em 16º lugar.
Essa realidade vivida em Sergipe e demonstrada em números do relatório, é uma situação, na verdade, de todo o Nordeste. A região é a que apresentou a maior taxa, se comparada às demais regiões do país (33,76).
O documento foi feito de forma conjunta com estados e municípios e teve como principal objetivo descobrir os motivos que levam aos homicídios e, consequentemente, após essa descoberta, discutir políticas públicas de combate à violência.
“Para se ter uma noção comparativa no âmbito internacional sobre essa taxa, países com históricos de guerra civil, como o Congo (30,8), e com altas taxas de homicídio associadas ao narcotráfico, como a Colômbia (33,4), possuem taxas menores que as do Nordeste brasileiro”, informa o relatório.
Metodologia
De acordo com o Ministério da Justiça, o diagnóstico fez um recorte com 80 municípios, localizados nas 26 unidades da Federação e a região administrativa de Ceilândia, no Distrito Federal, somando 81 localidades prioritárias de ação, agregando 22.569 registros de homicídios dolosos em 2014, o que representa, aproximadamente, 50% do total de assassinatos registrados no Brasil.
A intenção do ministério é que o estudo sirva de ferramenta de gestão para os estados no enfrentamento da criminalidade, observando as coincidências entre as altas taxas de homicídio e outros problemas sociais, econômicos e culturais. Os dados são do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp) de 2014.
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