NORDESTE

Startup nordestina quer faturar R$18 milhões em cinco anos com soluções para resíduos eletrônicos

Por Redação RNE

 

Dados recentes da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABRELPE) apontam que o Brasil produziu mais de 25 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos em 2022, com apenas 3% desse total sendo descartado corretamente.

 

Com um mercado promissor à frente, as startups enxergam uma oportunidade de investimentos com retorno imediato tanto para o meio ambiente como para aqueles que dão soluções a esses problemas.

 

A cleantech RECICLI, startup com sedes em Aracaju (SE), Salvador (BA) e Belo Horizonte (MG), é um exemplo na região. A startup desenvolveu uma tecnologia ambiental que transforma a forma como os resíduos eletrônicos são tratados no Brasil.

 

Com uma inovação tecnológica patenteada, a startup não apenas recicla equipamentos de informática, mas também foi demandada por corporações transnacionais para customizar sua tecnologia na recuperação de metais valiosos de resíduos de baterias de carros elétricos e de placas fotovoltaicas.

 

Ao processar esses resíduos, a RECICLI é capaz de extrair metais como ouro, prata, platina, cobre e paládio, que seriam perdidos em aterros sanitários. Essa capacidade de gerar valor a partir do descarte adequado de resíduos industriais posiciona a RECICLI como um player diferenciado no mercado, com um modelo de negócio sustentável e escalável.

 

A startup já conta com parcerias estratégicas com grandes corporações dos setores automotivo, eletrônico e de energia solar, o que demonstra a confiança do mercado em sua tecnologia e potencial de crescimento.

 

Faturamento e rodada de investimentos

 

Segundo o CEO da RECICLI, Flávio Pietrobon, em 2023 o crescimento da startup com atecnologia patenteada foi de 320%. “Alcançamos R$1,03 milhão e estamos prontos para escalar nossas soluções e impactar ainda mais o mercado”, afirma. A projeção da cleantech é atingir um faturamento de R$18 milhões até 2028.

 

Para atingir a meta, foi aberta uma rodada de captação de investidores por meio da plataforma de investimentos em startups Captable, a maior do ramo no país. Qualquer pessoa pode realizar um aporte na startup com valores a partir de R$1.000,00.

 

Uma vez atingida a meta da rodada de investimentos, o valor será alocado na expansão da capacidade operacional da RECICLI e no aprimoramento de suas tecnologias de reciclagem.

 

Integração em prol dos dados

 

Integradas ao Grupo RECICLI estão em funcionamento as atividades de outra startup: a REEEturn, que inclui uma plataforma digital e estações de pré-processamento. Criada e controlada pela RECICLI, a REEEturn é o braço de logística reversa dos resíduos eletrônicos, que direciona os resíduos para a usina de processamento industrial.

 

O trabalho unificado das duas startups formam uma solução completa, da coleta ao processamento dos materiais, recuperando os metais nobres como ouro, prata, platina, cobre e paládio. A RECICLI já foi premiada em diversas iniciativas, tais como 100 Open Startups (entre as cinco melhores Indtechs do Brasil), Stellantis Venture Awards (premiação internacional em Economia Circular), FIEMG Lab 4.0 (três premiações) e Open Mind Academy.

 

 


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