ALAGOAS

STJ negou prisão de Paulo Dantas, mas ministra mencionou ‘ousadia’ para justificar afastamento do governador

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou, inicialmente, o pedido apresentado pela Polícia Federal (PF) de prisão do governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB). No entanto, a ministra Laurita Vaz mencionou a “ousadia” de Dantas e outros investigados para jusfiticar a ordem de afastamento, por 180 dias, do emedebista de seu cargo no governo. A informação é do portal UOL.

 

Além do STJ, a Procuradoria-Geral da República (PGR) também não viu necessidade de prisão. A operação da PF apura a suspeita de que Dantas tenha empregado funcionários fantasmas em seu gabinete quando exercia o mandato de deputado estadual, ainda em 2019.

 

“Chama a atenção o tamanho da ousadia dos criminosos de continuarem um esquema de corrupção dessa magnitude, baseado em saques regulares de vencimentos de servidores ‘fantasmas’ da Assembleia Legislativa, com posterior desvio do dinheiro para outras contas bancárias, pagamentos e dissimulações de movimentações, mesmo depois de deflagrada a operação policial”, escreveu Laurita Vaz em sua decisão.

 

Apesar de elogiar a investigação da PF, a ministra também afirmou que a prisão seria uma medida extrema que deveria ser adotada apenas em última instância.

 

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) aponta que tal investigação neste momento, a poucos dias do segundo turno das eleições em que Dantas é favorito à reeleição contra Rodrigo Cunha (União Brasil-AL), trata-se de uma perseguição política orquestrada pelo deputado federal Arthur Lira (PP-AL). Lira é aliado de Cunha e tem influência no estado.

 

“A perseguição ao governador Paulo Dantas remonta a 2017, é da competência estadual. Foi parar no STJ por uma armação de Lira e lá perambulou por vários gabinetes até cair nas mãos certas da ministra bolsonarista Laurita Vaz, que não tem competência para o caso”, escreveu Calheiros em seu Twitter nesta terça-feira (11).

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