PERNAMBUCO

Teatro do Parque ganha livro histórico de sua restauração

Neste mês de dezembro os recifenses e o Recife receberam a reabertura do Teatro do Parque, depois da obra de restauro feita no equipamento, fundado em 1915. Para marcar o momento tão importante da história, cultura e memória dos recifenses, o prefeito Geraldo Julio fez, na tarde de segunda-feira (28), em seu gabinete, o lançamento simbólico do livro “Teatro do Parque – Reforma e restauro da história e dos afetos do Recife”, de Silvia Bessa.

Na ocasião, o prefeito Geraldo Julio recebeu em mãos, da autora, os primeiros exemplares do livro. Também estiveram presentes o chefe do Gabinete de Projetos Especiais, Otávio Calumby, o presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife, Diego Rocha, a arquiteta Simone Osias, responsável pelos trabalhos de restauração do Teatro do Parque e pela coordenação da criação do livro e a designer Simone Freire, responsável pela Direção de Arte do livro.

“A gente tem aqui  um livro que faz o registro de todo o restauro que foi feito no Teatro do Parque. É a maior obra de reforma e restauro desde a fundação do teatro em 1915. A gente conseguiu recuperar todos os dados históricos de 1929, quando ele virou o cineteatro. Aqui a escritora Silvia Bessa fez uma ampla pesquisa, entrevistou todos os envolvidos e fez um registro maravilhoso desse restauro que foi feito lá. Feliz com o teatro pronto e agora mais ainda com o registro histórico que esse livro faz”, celebrou o prefeito.

Longe de ser apenas um registro técnico dos trabalhos, o título se propõe a gerar sensações nos leitores e dar protagonismo aos atores anônimos da intervenção. “O livro é um registro desafiador da obra de restauro de um edifício público de tamanha importância histórica e afetiva para o Recife, mas que não tinha arquivo dos registros necessários para a realização dos trabalhos”, comentou Simone Osias.

Em 140 páginas de um texto leve e imagens marcantes, o título procura aproximar e traduzir tanto para os leitores leigos quanto para os interessados na área os detalhes da restauração do Teatro, a partir de relatos de técnicos de arquitetura e engenharia, pesquisas históricas e memórias pessoais dos entrevistados.

Para compor o enredo, Silvia Bessa ouviu desde artífices, restauradores, engenheiros, artistas, produtores da cena teatral e familiares do comendador Bento de Aguiar, fundador do Parque, até representantes do público fiel que sempre nutriu um afeto genuíno pelo espaço.

O livro “Teatro do Parque – Reforma e restauro da história e dos afetos do Recife” conta com direção de arte da designer Simone Freire e projeto gráfico de Amanda Torres. Já as imagens, em sua maioria, são de autoria das fotógrafas Andréa Rêgo Barros e Daniela Nader.

 

O Teatro 

 

Um dos únicos teatros-jardim ainda existentes no Brasil, o Parque, como é carinhosamente conhecido por seu público saudoso, sofreu várias intervenções, ao longo de mais de cem anos de história. Além da realizada agora, foram quatro grandes intervenções desde a inauguração do equipamento, em 1915. A primeira delas data de 1929, quando o Teatro foi ampliado e adaptado para a função de cine-teatro. A segunda aconteceu em 1968, quando o espaço recebeu ajustes de uma reforma que conferiu a ele características modernistas.

A penúltima grande intervenção deu-se em 1986, quando foram observados alguns pequenos indícios de obras de restauração. Por fim, no ano de 2000, foram realizadas obras para instalação de sistema de climatização.

 


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