BRASIL

Tecnologia em alta: Produção intensa na Paraíba

Na Paraíba a força tecnológica tem sido fomentada pela Fundação de Apoio a Pesquisa do Estado (Fapesq). O investimento em tecnologia pode ser percebido nos projetos desenvolvidos e nas empresas encubadas pelo Parque Tecnológico de Campina Grande e pelos laboratórios de Aplicações de Vídeo Digital (Lavid), de Sistemas Distribuídos (LSD) e de Sistemas Embarcados e Computação Pervasiva (Embedded Lab), apenaspara citar alguns nomes.

As empresas produzem e exportam softwares de segurança – entre os clientes está até a Interpol; programas para jogos, que podem ser usados em Smartphone e Tablet. “A maioria das TVs digitais têm um software genuinamente paraibano produzido pelo laboratório vídeos digitais da UFPB (o Lavid)”, revela Claudio Furtado, presidente da Fapesq. A Fapesq é o braço do governo que financia pesquisa acadêmica, tecnológica e de inovação no estado. O governo também tem feito investimento em infraestrutura, como a pavimentação digital do estado, que terá 3 mil quilômetros de fibra ótica para 55 cidades. “Hoje já temos mais de 200 quilômetros de fibra e a ideia agora é estender para o resto do estado”, pontua. A soma total de investimentos do estado em fomento ao desenvolvimento de tecnologia fica em torno de R$ 100 milhões, desembolsados até 2017.

 

Parque Tecnológico de Campina Grande
 

A Fundação está entre os mais antigos parques tecnológicos e incubadores de empresas em funcionamento no país. Criado em 1984, quando Lynaldo Cavalcanti de Albuquerque estava na presidência do CNPq. Cavalcanti foi o responsável pelo lançamento de uma das primeiras políticas públicas em apoio aos parques tecnológicos e às incubadoras de empresas. Na época cinco cidades brasileiras foram selecionadas para a experiência piloto, dentre elas Campina Grande.
“No PaqTcPB, o empreendedor tem o seu negócio arquitetado nas cercanias de laboratórios de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento), interagindo com pesquisadores vinculados a universidades e usufruindo de apoio institucional, tais como acesso a fontes privilegiadas de fomento, assessoria em gestão, acesso a consultorias especializadas e apoio técnico”, informou a diretora da Fundação, Francilene Procópio Garcia.
Entre os projetos desenvolvidos estão a elaboração planos de saneamento para cidades, projeto eficiência energética para uso sustentável de recursos florestais em indústrias, suporte técnico ao monitoramento ambiental de áreas destinadas à atividade de mineração em Minas Gerais e no Pará, pesquisa para desenvolvimento de projetos de Internet Móvel para dispositivos do tipo tablet, smartphone e/ou smartwatch. A receita com projetos obtida pelo Parque Tecnológico, de 2003 a 2014, chegou a quase R$ 50 milhões. A previsão para 2015 está em mais de um milhão.
Lavid

“Estamos trabalhando com tecnologia para suporte e armazenamento, transmissão de vídeos de altíssima resolução, que se aplica para cinema digital. Captura de cirurgias com padrão de cinema”, explica Guido Lemos, coordenador do Laboratório de Aplicações de Vídeo Digital. No momento o laboratório está desenvolvendo projeto para salas de cinema de baixo custo. O financiamento pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). O outro projeto forte do Lavid diz respeito a acessibilidade. O projeto se chama Libras para web, televisão e cinema. O financiamento é do Ministério da Cultural, RNP, e do Ministério do Planejamento. “Já temos cadastrados 4 mil sinais”, revela Lemos. Atualmente o laboratório trabalha com 60 bolsistas e intenção é chegar a 10 mil sinais. O coordenador informou ainda que o projeto prevê a elaboração de padrão para televisão digital em transmissão de libras. “O governo vai comprar 14 milhões de receptores para as famílias do Bolsa Família. Serão 60 milhões de brasileiros”, conta. Segundo Guido Lemos, o Lavid disputa em pé de igualdade com projetos desenvolvidos por japoneses e americanos em tecnologia de vídeo digital.

 

LSD – Laboratório de Sistemas Distribuídos

Sediado na Universidade Federal de Campina Grande, o LSD tem projetos que visam contribuir com o desenvolvimento do software Openstack, que serve para gerenciar os recursos computacionais de provedores de serviço que atuam no modelo de computação na nuvem. Através da atuação do LSD nesses projetos, a UFCG se tornou a Universidade que mais contribui, no mundo, com o desenvolvimento desse tipo de software. O Laboratório é coordenador pelo professor Francisco Brasileiro. Há ainda projetos financiados pela Hewlett-Packard Brazil e pela EUBrazil Cloud Connect, co-financiado pelo CNPq e pela Comissão Européia. Esse projeto visa federar a infraestrutura computacional dos parceiros, possibilitando que os pesquisadores dessas instituições usem todos os recursos disponíveis na federação como se fossem recursos disponíveis em suas respectivas instituições. O software fogbow, desenvolvido pelo LSD, é quem possibilita essa federação. O LSD é referência mundial na formação de recursos humanos na área de sistemas distribuídos.
Embedded Lab

O Laboratório de Sistemas Embarcados e Computação Pervasiva (Embedded) tem como principais projetos tecnologias desenvolvidas para smartphones, tablets, smartwatches (relógios inteligentes), smartbands (pulseiras inteligentes) e smartglasses (óculos inteligentes). As aplicações são diversas, desde entretenimento até cuidados com a saúde. Atualmente, mais de 200 pessoas trabalham no laboratório, incluindo professores, pesquisadores, estagiários e profissionais contratados. O laboratório é atualmente o maior em número de projetos de inovação tecnológica com empresas na UFCG.


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