POLÍTICA

Temer exonera oito ministros para ampliar apoio contra denúncia na Câmara

Em uma nova manobra política do presidente da República, o Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (18) traz a exoneração de outros oito ministros do governo de Michel Temer. São eles Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Leonardo Picciani (Esporte), Ronaldo Nogueira (Trabalho), Sarney Filho (Meio Ambiente), Marx Beltrão (Turismo), Maurício Quintella Lessa (Transportes), Mendonça Filho (Educação) e Bruno Cavalcanti (Cidades).

Todos os ministros exonerados têm mandatos de deputados e, deixando a cúpula do governo, voltam à Câmara, onde deverão participar da votação, em plenário, prevista para a próxima quarta-feira (25), da segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Michel Temer .

Na última quarta-feira, o presidente já tinha exonerado dois ministros, Fernando Coelho Filho, de Minas e Energia; e Raul Jungmann, da Defesa . Os suplentes desses dois ex-ministros são Severino Ninho (PSB-PE) e Creuza Pereira (PSB-PE), críticos ao governo.

Essa não é a primeira vez que Temer realiza manobras deste tipo para garantir sua vitória na Casa. Na primeira denúncia contra ele na Câmara dos Deputados, o presidente fez uma série de trocas em seu governo, retornando os ministros e autoridades aos seus cargos logo após a votação.

A denúncia

Temer, Padilha e Moreira Franco são acusados de atuar em organização criminosa junto a outros integrantes do chamado “quadrilhão do PMDB na Câmara”. Também foram denunciados por esse crime os ex-presidentes da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves, o ex-ministro Geddel Vieira Lima e o ex-assessor da Presidência Rodrigo Rocha Loures.

Na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara , em sessão realizada na última quarta-feira (18), o relatório a favor da inadmissibilidade da denúncia foi aprovado pela maioria dos deputados que integram o colegiado.

Nessa segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, o peemedebista também é acusado de praticar crime de tentativa de obstrução à Justiça ao lado do empresário Joesley Batista, um dos donos do grupo J&F. A acusação se refere ao episódio de suposta tentativa de compra do silêncio do lobista Lúcio Funaro.

iG


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