BAHIA

Tocha olímpica desce o Elevador Lacerda de rapel ao som do Olodum

Emocionado e com um largo sorriso estampado no rosto, o paratleta Marcelo Collet e Silva Mauro, 11º do ranking mundial de Triathlon na categoria PT4, foi o primeiro baiano a levantar e conduzir a Tocha Olímpica em Salvador na manhã desta terça-feira 24.

Ao som da percussão da Banda Olodum, em frente à Fundação Casa de Jorge Amado, no Largo do Pelourinho, o paratleta apoiado pelo FazAtleta (programa de incentivo ao esporte do Governo do Estado) apresentou a tocha olímpica ao povo. Uma parte dos presentes aplaudiu com entusiasmo; enquanto outra gritava a plenos pulmões: “Fora Temer”.

“Estou muito emocionado cara. Ser o representante dos atletas da Bahia para abrir o percurso da tocha olímpica é uma coisa muito importante na minha vida. Vou fazer de tudo para participar, em setembro, dos Jogos Paralímpicos Rio 2016”, declarou Collet, protegido por um forte cordão de isolamento. A presença da tocha olímpica em Salvador – primeira capital do Brasil – inflamou o espírito olímpico e político dos baianos.

Secretário estadual do Trabalho e Esporte, Álvaro Gomes, que acompanhou a entrada no Estado do símbolo dos jogos olímpicos, em Teixeira de Freitas, e nas outras cidades celebração, lembrou que as Olimpíadas não devem se resumir aos Jogos.

 “A Bahia é o único Estado do Nordeste que vai receber 10 partidas de futebol do torneio olímpico. Mas, o Governo da Bahia trabalha para que o maior legado desta competição seja a prática do esporte na população baiana como fator de desenvolvimento humano”.

Titular da Setre acompanha o revezamento da tocha olímpica desde o dia 19, a partir do município de Teixeira de Freitas, porta de entrada no Estado. “Venho acompanhando de perto sua passagem pelas cidades-celebração – Porto Seguro, Vitória da Conquista, Ilhéus, Valença, e tenho visto a emoção com que o povo está recebendo este símbolo da paz e da união”.

O instrutor de rapel Gilson Nascimento, que desceu com a tocha pelo Elevador Lacerda não cabia em si de contentamento. “Foi um momento único. A sensação de carregar a chama é maravilhosa. E a descida saiu melhor do que imaginava. Tudo foi uma grande emoção para mim”, declarou enquanto fazia selfies com o público.
A administradora Gilze Lima, 45 anos, tinha os olhos brilhando de felicidade. “Você não sabe o que eu estou sentindo! Imagine que estou vendo algo tão antigo que aconteceu lá na antiga Grécia acontecer aqui, diante dos meus olhos no Centro Histórico do Pelourinho”, relatou.

Ao seu lado, Karine Ferreira Alves, auxiliar de desenvolvimento infantil da Escola João Lino, estava tão emocionada que preferiu não falar. Mas Gabriela Fael, mãe de uma das crianças conduzidas por Karine, não se fez de rogado e respondeu: “É muito emocionante estar aqui nesta hora e participar de um evento desses que é ver a tocha olímpica pela primeira vez”.

Vendedora ambulante no Centro Histórico, Cristina Mendes Santos, 44 anos, se dizia impactada com tudo o que acontecia. “Tudo é muito bonito quando a gente vê de perto a tocha olímpica”. Mesmo sentimento externava o mestre de obras, Antônio José Nunes, 64 anos, que estava defronte da parte alta do Elevador Lacerda. “A passagem da tocha é muito importante para a cidade”.

Alunos de Gilson Nascimento, mestre do rapel, os jovens Rodrigo e Ivanildo comemoravam a descida rápida e tranquila da tocha olímpica. “Chegamos aqui muito cedo para preparar toda a cena. Somos responsáveis pela ancoragem, ou seja, a amarração das cordas que proporciona ao atleta toda segurança”. 

Tribuna da Bahia


Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.

Recomendamos pra você


Receba Notícias no WhatsApp