SERGIPE

Trabalhadores do campo e da cidade vão às ruas nesta quinta-feira

Trabalhadores/as do campo e da cidade vão às ruas de Aracaju, na manhã desta quinta-feira (9), para protestar contra a destruição de direitos sociais feitas em menos de um mês pelo governo provisório de Michel Temer (PMDB). O protesto será iniciado a partir da 7h na frente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e seguirá até a praça General Valadão, no centro da capital sergipana. Mais de duas mil pessoas são esperadas, informou a Frente Brasil Popular e Articulação Semiárido Brasileiro (ASA).

O ato vai reunir militantes de diversos movimentos populares como o Movimento Organizado dos Trabalhadores Urbanos (Motu), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Negro Não Temer, Movimento dos Quilombolas de Sergipe, Rede Sergipana de Agroecologia (Resea), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores Brasileiros (CTB), Confederação dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), Movimento das Mulheres Trabalhadoras Rurais (MMTR), Movimento das Mulheres Camponesas (MMC), entre outros.

Segundo a organização do protesto, a manifestação é uma resposta aos cortes (anunciados e realizados) de recursos públicos aos serviços essenciais à população como o SUS. Os cortes atingem seriamente os programas de apoio à agricultura familiar, que tem um papel extremamente importante para o país por produzir 70% dos alimentos que vão para mesa dos brasileiros. E afetam também a proposta de convivência com o Semiárido. “Não vamos perder de vista o que foi construído por nós. E ir para a rua é uma estratégia de união e reafirmação de que existimos e temos uma pauta para o Estado”, diz Roselita Vitor, do Polo da Borborema, um coletivo de sindicatos rurais e organizações da sociedade, na Paraíba.

Para a agricultora Faraildes, do município de Japoatã, em Sergipe, o povo só consegue fazer valer seus direitos se descruzar os braços. “Quando comecei na luta era o tempo da ditadura militar, muita perseguição, fazíamos tudo no escondido. Hoje, é um pouco diferente, não nos reunimos mais escondidos, mas é uma ditadura de quadrilha de ladrão, apoiado até pela justiça, então temos que ir para luta, para rua”.

Antes, uma parada na frente da Embrapa – Das 7h às 8h, horário em que os funcionários da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estão chegando no trabalho, centenas de pessoas vão manifestar suas discordâncias de medidas que interferem no funcionamento do órgão público. O protesto será na frente da Embrapa Tabuleiros Costeiros, na avenida Beira Mar. “Vamos protestar contra a orientação das unidades da Embrapa desenvolverem pesquisas apenas em locais restritos. Queremos o livre acesso destas unidades em todos os territórios do Brasil”, conta o coordenador executivo da ASA pelo estado de Sergipe, João Alexandre de Freitas Neto.

Jornal da Cidade 


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