ALAGOAS

Universitários protestam por melhorias em Maceió

Centenas de estudantes da Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) fizeram um protesto, na manhã desta quarta-feira (13), na própria instituição, para cobrar o pagamento de uma bolsa, que auxilia cerca de 200 alunos de baixa renda, e que ainda não foi feito este ano. Eles ainda reivindicam melhorias na estrutura e segurança dentro e no entorno do prédio, localizado no bairro do Trapiche da Barra, em Maceió. Eles chegaram a fechar, por alguns minutos, o trecho da Avenida Siqueira Campos, em frente ao Hospital Geral do Estado (HGE).

Os estudantes fizeram uma caminhada pelos corredores da universidade, pedindo apoio dos demais colegas para se juntarem ao movimento. Depois, seguiram pela rua até a porta do Hospital Escola Dr. Helvio Auto, onde fizeram um ato. Eles informam que devem sequenciar o protesto em frente ao prédio-sede da instituição de ensino até o começo da tarde.

De acordo com Erivaldo Lima, que é membro do Diretório Central do Estadantes (DCE) e estudante de Fisioterapia, a Uncisal fez a seleção de 200 bolsistas no fim do ano passado. São alunos que comprovaram, por meio de documentos e entrevistas, a vulnerabilidade financeira e receberiam R$ 400 por mês. No entanto, o valor da Bolsa Permanência nunca foi pago pela reitoria e os alunos estão com dificuldades para se manter.

"Ainda sugerimos que a Uncisal solicite estes bolsistas para que desenvolvam atividades extracurriculares nas áreas de educação e saúde, mas até agora nada de resposta", destacou Erivaldo Lima. Ele diz que a verba para a Bolsa Permanência seria oriunda do Fecoep [Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza], mas que a universidade alega que a demora para a aprovação do orçamento do estado impedia a liberação do repasse.

RU e assaltos

Outro pedido diz respeito à conclusão da reforma do Restaurante Universitário (RU), que, segundo eles, estaria parada há meses, obrigando os estudantes a pagar um valor alto pela alimentação no entorno da instituição. "Tem alunos que pagam R$ 15 pela comida em restaurantes próximos. Outros preferem comprar uma quentinha e divide com outros colegas para economizar", afirma.

Erivaldo comenta, ainda, que o número de assaltos na redondeza é alto e crescente. Há relatos praticamente diários de ataques de bandidos, sem qualquer solução, segundo ele.

Um grupo tentou entregar um abaixo-assinado à reitoria da Uncisal, mas não conseguiu. Em nota, a universidade informa que, até a manhã desta quarta-feira (13), não recebeu oficialmente a pauta de reivindicações dos estudantes para que possa discutir soluções para os problemas apresentados. 


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