BRASIL

Vexame: Brasil perde para o Peru e é eliminado precocemente da Copa América

Um gol de mão do Peru causou pane na arbitragem: 1 a 0. Trocadilhos mil, vexames a rodo. Num grupo em que o nulo Haiti zerou, o Brasil (quatro pontos) terminou atrás de Peru (sete) e Equador (cinco). Prejudicado no gol ilegal? Sim. Mas muito mais prejudicado na gestão atrapalhada, dentro de fora de campo. Esse é o patamar do futebol brasileiro atual. Um time com talentos, mas sem convicções, corre o risco de cair no limbo. No segundo tempo, Polo arrancou pela direita e cruzou para Ruidiaz dar uma cortada na bola. Mão claríssima. Após minutos de discussão entre eles e com alguém, pelo rádio, o árbitro Andrés Cunha e o assistente Nicolas Taran decidiram dar o gol. Será, certamente, a justificativa para a eliminação precoce. Não convence.
PRIMEIRO TEMPO

Sabe aquele prato bem feitinho, mas sem um tempero que o torne especial? Assim foi o Brasil do primeiro tempo, bem superior, mas sem capacidade de envolver no ataque. Apesar de bons passes em profundidade, faltou aproximação entre Lucas Lima, Willian e Coutinho para criar triangulações rápidas. Ainda assim, Gabriel exigiu duas boas defesas de Gallese e Willian teve chance de concluir bom cruzamento. À espera de um vacilo brasileiro, o Peru, passivo demais, pôde reclamar pênalti de Renato Augusto sobre Flores. O Brasil também chiou quando Lucas Lima caiu na área, mas sem razão. O meia do Santos é que chutou o pé do peruano Ramos.

SEGUNDO TEMPO

Yotún entrou e o Peru teve mais intensidade no meio, com antecipações e velocidade. Cueva, reforço do São Paulo, melhorou. Só Guerrero continuou em seu ritmo lento, sem ganhar nenhuma bola. O Brasil dependeu da visão de Renato Augusto, mas continuou com seus jogadores muito distantes uns dos outros, sem aproximações ou tabelas. Lucas Lima, aposta de Dunga para o meio-campo, não foi bem. Willian tampouco. Dunga demorou a mexer, e, quando mexeu, colocou Hulk. O gol de mão de Ruidíaz pode ter sido um castigo muito forte, mas o Brasil não fez nada para se classificar. Não se impôs, não agrediu, não foi Brasil. Ou melhor, foi o Brasil dos últimos anos. Um time qualquer.


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