Diante das referências ao senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, nas conversas entre o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, e os senadores Romero Jucá e Renan Calheiros, o ex-ministro Jaques Wagner (PT) cobrou respostas sobre o caso.
"É a segunda vez apenas nesta semana que o nome de Aécio Neves surge em circunstâncias no mínimo suspeitas. O candidato derrotado procurou Renan Calheiros para saber se haveria alguma coisa a mais contra ele na Lava Jato. Segundo Renan, o tucano estaria com medo. O Brasil, então, quer saber: do que tem medo Aécio Neves? O país aguarda respostas", afirmou.
No áudio divulgado ontem pela Folha, o presidente do Senado diz a Machado que foi procurado pelo tucano que queria saber mais informações sobre a delação do ex-senador Delcídio Amaral. "Aécio está com medo. [me procurou] 'Renan, queria que você visse para mim esse negócio do Delcídio, se tem mais alguma coisa'", contou o peemedebista.
Já na primeira conversa divulgada pela Folha, na qual Machado fala com Romero Jucá, o ex-presidente da Transpetro diz que "o primeiro a ser comido vai ser o Aécio" numa referência à operação Lava Jato. "O Aécio não tem condição, a gente sabe disso. Quem que não sabe? Quem não conhece o esquema do Aécio?", diz. "Caiu [a ficha]. Todos eles. Aloysio, Serra, Aécio", completou Jucá.
"Romero Jucá e Sérgio Machado sabem. Qual é o esquema em que senador Aécio, citado cinco vezes por delatores da Lava Jato, está envolvido? Agora o Brasil também quer e tem o direito de saber: O que foi feito para que Aécio Neves fosse eleito presidente da Câmara em 2001?", questionou Jaques Wagner anteontem.
Até o momento, Aécio não se pronunciou.
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