O novo texto do publisher e analista politico Walter Santos traz à baila a realidade de bastidores criada por agentes militares no comando da presidência da República para cooptar os partidos, leiloando os cargos e visando segurar Bolsonaro no cargo até, como previu, a próxima crise.
Eis a análise, a seguir:
Bolsonaro se rende à “velha política” para se segurar no cargo até a próxima crise da vez; é preciso resolver este pandemônio
Quando se imaginava uma reação elevada do Congresso Nacional após nova agressão do presidente Jair Bolsonaro instigando populares contra o STF e o próprio Congresso, eis que do início da semana para cá entrou em campo a tática conhecida de cooptação dos parlamentares ao sabor da Velha Política do “toma lá, dá cá” com os partidos.
Na prática, o comando militar da Presidência da República, sob a batuta do general Braga Neto, entrou em campo decidido a ratear todo o governo com os partidos diante da velha ambição parlamentar de tirar proveito dos cargos oferecidos.
Esta foi e é a tática manjada do Poder de Plantão orquestrando uma nova tática, porém velha, de implodir o movimento de construção do impeachment de Bolsonaro diante de tantas motivações legais em fartura existentes.
A “novidade” do momento é a ação de agentes da banda militar determinando novo processo de execução de políticas como a desqualificar os tantos erros repetidos do presidente Bolsonaro e ao mesmo tempo garantir novo fôlego ao Governo até a chegada de nova crise certamente a ser criada pelo chefe do Executivo.
O fato é que a sociedade brasileira não aguenta mais tantas crises repetidas construindo incertezas diante de um Governo que não consegue mostrar um projeto bem resolvido para o País vivendo de gambiarras sazonais sem efetivar um plano de ação à altura das necessidades temporais da própria sociedade.
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