A investigação da Polícia Federal sobre o vazamento da delação premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró para o banqueiro do BTG Pactual André Esteves tem como alvo três advogados de Cerveró – Edson Ribeiro, preso nesta manhã, Sérgio Riera e Alessi Brandão –, o agente da PF Newton Ishii e o doleiro Alberto Youssef.
O inquérito foi aberto nesta quinta-feira 26 pela PF. Os primeiros a serem ouvidos no caso devem ser Cerveró e Ishii, cujos depoimentos estavam marcados para esta sexta-feira, mas foram adiados, sem nova data para acontecer. O motivo alegado foi que os procuradores queriam se aprofundar mais nos fatos.
O vazamento foi revelado no áudio que embasou a prisão do senador Delcídio Amaral (PT-MS) e André Esteves. Na conversa gravada pelo filho de Cerveró, o parlamentar afirma que o banqueiro tinha em mãos o acordo da delação do ex-diretor da Petrobras e comenta que não sabe onde ele havia conseguido o documento.
Em um trecho do diálogo entre Delcídio, Bernardo Cerveró, o advogado de Cerveró, Edson Ribeiro e o chefe de gabinete do senador, Diogo Ferreira, é citado um "japonês bonzinho", carcereiro da PF, que, de acordo com Ribeiro, costuma vender informações vazadas da Lava Jato para revistas. Depois, o nome de Newton Ishii é citado como o responsável por vazamentos, assim como o de Alberto Youssef.
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