ARQUIVO NORDESTE

Levy: revisão de despesas obrigatórias garantirá equilíbrio fiscal

A recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) é apenas parte da solução para um Orçamento robusto no próximo ano, disse ontem (3) o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Em entrevista coletiva no Itamaraty, ele voltou a defender a necessidade de revisão de despesas obrigatórias para equilibrar as contas públicas em 2016.

“Não quero fazer cortes indiscriminados, mas é preciso reavaliar programas que necessitam de mais eficiência, como auxílio-doença, seguro-defeso e [a concessão de] aposentadorias”, declarou o ministro após assinatura de acordo no Ministério das Relações Exteriores entre o Brasil e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Segundo o ministro, a CPMF representa uma maneira transparente e eficaz para levantar recursos para a Previdência Social. Ele defendeu a volta do tributo, informando que ainda não está claro por que uma contribuição que incide sobre todas as camadas da população com uma alíquota baixa desagrada à sociedade. Levy chegou a sugerir que os veículos de comunicação fizessem enquetes sobre o tema.

“Os jornais deveriam fazer uma enquete: porque você não gosta da CPMF? Por que ela é transparente? Por que ela alcança todo mundo? Ou por que é mais um imposto?”, perguntou o ministro. Ele, no entanto, disse que nenhum aumento de tributo é “simpático”.

Em relação às despesas obrigatórias, Levy afirmou que discussões estruturais são necessárias para fornecer um horizonte ao gasto público e tornar a tributação mais eficiente. Ele acrescentou que as discussões em torno do Orçamento do próximo ano continuam produtivas, mas não entrou em detalhes sobre as negociações.

Wellton Máximo
Agência Brasil


Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.

Recomendamos pra você


Receba Notícias no WhatsApp