A mãe de uma das vítimas, Tatiana Antunes de Carvalho, esteve no Ministério Público do Rio pedindo ajuda. Tatiana disse que os rapazes foram executados e que não houve troca de tiros e que seu filho morreu a golpes de faca, sem levar nenhum tiro.
“Eles mataram todo mundo. Barbarizaram a comunidade à toa, à toa. Eles são assassinos. Não foi só o meu filho, não. Eu preciso de Justiça, meu Deus. Eles mataram meu filho de faca. Eles são covardes”, afirmou Tatiana, que é mãe de Felipe Guilherme Antunes, de 21 anos, e tia de Enzo Carvalho, também vítima da ação policial.
Com o atestado de óbito do filho na mão, Tatiana foi taxativa: “eles não pegaram o menino com nada. Não importa o que eles eram. Eles [os policiais} tinham que prender. Meu filho não tinha um tiro. Não teve trocação de tiro nenhuma. Meu filho morreu a facada. Quebraram o crânio dele, quebraram o pescoço do meu filho. Eles não têm direito de chegar na comunidade e fazer o que eles fizeram. Eles não tinham mandado nenhum para sair matando. Eu vou até o final. Não vou me calar”, desabafou Tatiana.
Ação
Após uma informação recebida pelo Disque-Denúncia, de que vários criminosos estavam escondidos em uma casa na Rua Eliseu Visconti, no Morro do Fallet, policiais do Batalhão de Choque cercaram a residência e invadiram o local. Na casa, estavam 20 jovens, alguns deles menores de idade. De acordo com a Polícia Militar, 13 foram mortos no confronto, e alguns conseguiram escapar.