A jovem Débora Dantas de Oliveira, que perdeu o couro cabeludo em um acidente de kart no Recife (PE), recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Especializado de Ribeirão Preto (SP), confirmou nesta terça-feira (3) o boletim do centro médico.
Há dez dias submetida a um transplante de pele e músculo que durou nove horas, a paciente foi liberada para permanecer no quarto e tem apresentado a evolução esperada pela equipe médica, segundo o relatório.
Desde que chegou a Ribeirão Preto, em 18 de agosto, Débora já foi submetida a diferentes procedimentos que visam reconstituir os tecidos perdidos em um acidente durante uma corrida de kart, em 11 de agosto.
Além do transplante, procedimento que envolveu dois anestesistas e cinco microcirurgiões, a jovem passou por uma cirurgia para reconstrução das pálpebras superiores e parte da testa.
Os médicos também precisaram religar artérias e veias, para garantir o fluxo de sangue no local.
Além dos procedimentos, Débora será submetida a um tratamento em câmara hiperbárica. Dentro desse equipamento, o paciente fica exposto a oxigênio 100% puro e em pressão maior que a atmosférica. O objetivo das sessões é auxiliar no processo de cicatrização.
Desde o acidente, o Walmart informa que tem prestado todo o suporte necessário a Débora. Tanto o transporte dela, quanto do noivo, de Recife para Ribeirão Preto, assim como o tratamento médico particular, estão sendo custeados pela empresa.
O acidente
Débora participava de uma corrida de kart com o namorado na tarde de 11 de agosto, em uma pista no estacionamento do Walmart, em Boa Viagem, na zona Sul do Recife, quando o cabelo dela, que era na altura da cintura, soltou da touca e ficou preso no motor.
Em entrevista exclusiva ao repórter Ernesto Paglia, do Fantástico, Débora relembrou os momentos de tensão que passou na pista, enquanto era socorrida.
A pele foi arrancada desde a altura dos olhos até a nuca da jovem, que foi socorrida pelo namorado e levada ao Hospital da Restauração, na capital pernambucana. Tumajan disse que pegou “o rosto dela na mão”, colocou em uma sacola e correu para levá-la ao hospital.
Os médicos conseguiram recuperar e reimplantar 80% da área atingida. Débora ainda passou por outra cirurgia para a retirada de trombos, mas os médicos apontaram o risco de o procedimento não funcionar devido às obstruções em veias e artérias.
No dia 18 de agosto, Débora foi transferida em um avião particular de pequeno porte para Ribeirão Preto. Na mesma noite, os médicos confirmaram que coágulos em veias e artérias prejudicaram o reimplante do couro cabeludo, que precisou ser retirado. O crânio foi coberto com um curativo, que chegou a ser refeito no dia 20.
No dia 22, Débora voltou ao centro cirúrgico. Dessa vez, os médicos reconstruíram as pálpebras superiores e parte da testa. A parti daí, a equipe passou a planejar o transplante de pele e músculo, realizado dois dias depois.
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G1/PE
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