NORDESTE

Banco do Nordeste oferta crédito para 39 comunidades quilombolas da Paraíba

O Banco do Nordeste iniciou uma série de visitas às comunidades quilombolas com o objetivo de apresentar a linha de crédito do Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf) A Quilombolas. São 39 áreas reconhecidas como territórios de remanescentes de quilombos, no estado, em que as associações poderão fazer um cadastro na instituição financeira para que as famílias desenvolvam atividades rurais, com acesso ao crédito.

 

O valor dos financiamentos pode chegar a até R$40 mil para o desenvolvimento de projetos sustentáveis e que envolvam as famílias. O crédito é disponibilizado com três anos de carência e prazo de até 10 anos para quitação do empréstimo. A taxa de juros é de 0,5%, com 40% de bônus de adimplência.

 

O recurso é disponibilizado mediante o atendimento de critérios legais e serve para aquisições diversas, como máquinas adaptadas, animais de pequeno porte, montagem de estrutura hídrica e de sistema de irrigação, além de implantação de energia solar e cultivo da palma forrageira para suprimento alimentar dos animais.

 

Exigências

 

Durante as visitas realizadas pelos agentes de desenvolvimento do BNB, os agricultores e produtores são informados sobre a necessidade de que o território tenha certificação pela Fundação Palmares, reconhecendo a área como de quilombola e também esteja registrado no Cadastro Nacional de Agricultura Familiar (CAF), pelo Ministério da Agricultura e Pecuária.

 

Para cumprir as etapas de acesso ao crédito, os representantes das associações devem acionar o Banco do Nordeste e apresentar a documentação constitutiva. É necessário que a área tenha cobertura de assistência técnica, como a realizada pela Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer).

O agente de desenvolvimento do Banco do Nordeste, Nazareno Félix, que visitou a comunidade quilombola do Grilo, em Riachão do Bacamarte, ressalta o potencial do artesanato e de turismo de experiência.

 

“A comunidade do Grilo, por exemplo, participou da última edição do Salão do Artesanato Paraibano, e foi muito bem referenciada. Essa participação serviu de mote para incentivarmos futuros projetos de crédito para atividades relacionadas direta ou indiretamente ao turismo. Sempre recomendamos a busca por capacitação, orientação técnica e consultoria, visando preparar a comunidade para a otimização dos recursos”, destaca.


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