Por Luciana Leão
A violência no país, em 2023, registrou 39.492 entre homicídios dolosos (com intenção de matar), feminicídios, latrocínios (roubos, seguidos de mortes) e lesões corporais seguidas de mortes, uma média de 108 vítimas por dia. No ano anterior, a taxa era de 113 por dia, com 41.135 mortes.
Nesse contexto, cinco estados do Nordeste (Pernambuco, Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Maranhão) aparecem entre as 10 maiores taxas de homicídios por 100 mil habitantes.
Os dados compõem a edição final do levantamento periódico de assassinatos pelo Monitor da Violência, parceria entre o portal g1, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e o Núcleo de Estudos da violência da Universidade de São Paulo (USP).
Confira aqui como ficou a posição em ordem crescente no ranking de cada estado do Nordeste:
ESTADO | POSIÇÃO | QUANTIDADE | |
PERNAMBUCO | 2º | 38,8 por 100 mil habitantes | |
ALAGOAS | 3º | 36,2 por 100 mil habitantes | |
BAHIA | 4º | 34,3 por 100 mil habitantes | |
CEARÁ | 6º | 33,8 por 100 mil habitantes | |
RIO GRANDE DO NORTE | 7º | 28,8 por 100 mil habitantes | |
MARANHÃO | 9º | 27,1 por 100 mil habitantes | |
PARAÍBA | 14º | 25,0 por 100 mil habitantes | |
PIAUÍ | 17º | 21,7 por 100 mil habitantes | |
SERGIPE | 19º | 20,7por 100 mil habitantes |
Para discutir a temática da Segurança Pública e Cidadania no Nordeste, a ONG Instituto de Desenvolvimento Econômico Sustentável do Nordeste (IDENE) realiza nesta quinta-feira (14) uma mesa de diálogo com representantes dos governos federal e estadual, da academia e da sociedade civil.
O encontro acontece das 8h30 às 12h30, no auditório João Gonçalves, pavilhão de Aulas Reitor Felipe Serpa, campus da Universidade Federal da Bahia (UFBA) no bairro de Ondina, na capital baiana.
O objetivo geral é a promoção de diálogos e propostas de soluções para a melhoria da política de segurança pública no Nordeste, de modo a reduzir a violência criminal e a letalidade policial.
“Vamos debater e avaliar a necessidade de ampliar cursos de especialização e pós-graduação nas áreas de segurança pública e direitos humanos nas universidades públicas da região e iniciar a reflexão coletiva sobre a urgência e relevância da criação do Fórum de Segurança Pública e Cidadania da Região Metropolitana de Salvador”, adiantou o presidenteda ONG, economista Adroaldo Quintela.
Quem participa
A abertura será feita pelo reitor da UFBA, Paulo Miguez. Os mediadores serão a professora Marília Lomanto, da Executiva Estadual da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia Núcleo Bahia e presidenta do Jus Populi Escritório de Direitos Humanos; e Adroaldo Quintela, economista e professor, diretor-executivo do Idene, ex-diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA e ex-assessor especial da Presidência da República.
Richard Lacrose, advogado, membro da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia e Miguel Depallens, médico sanitarista, membro da coordenação-executiva da Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democacia e coordenador da área de saúde do Idene serão os relatores.
Estão confirmados como debatedores o secretário de Justiça e Direitos Humanos do Estado da Bahia, Felipe Freitas; Maria Cleudi Milanezi, tenente-coronel da PM e diretora de Direitos Humanos da Superintendência de Prevenção à Violência da SSP-Bahia; o secretário-executivo do Consórcio Nordeste, Carlos Gabas.
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