RIO GRANDE DO NORTE

Desemprego sobe e taxa de 13,7% é recorde na Grande Natal

A taxa de desemprego na Grande Natal, principal mercado de trabalho do Rio Grande do Norte, aumentou pelo terceiro trimestre consecutivo, atingindo no período junho-setembro 13,7%, maior taxa da série histórica.

Os números são da PNAD Contínua e foram divulgados na manhã desta terça-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No Rio Grande do Norte essa taxa é um pouco menor: 12,6%, mas a maior da série histórica, iniciada em janeiro de 2012.

De acordo com a pesquisa, no trimestre encerrado em setembro/2015, o Rio Grande do Norte tinha 1,36 milhão de pessoas ocupadas, das quais 929 mil empregados, 49 mil empregadores, 352 mil empregados por conta própria e 39 mil trabalhadores familiares auxiliares.

Em relação ao terceiro trimestre do ano passado, houve redução de 35 mil no número de trabalhadores, enquanto o contingente dos que trabalham por conta própria aumentou 53 mil.

Ainda em relação ao terceiro trimestre de 2014, os cortes maiores no mercado de trabalho foram na agricultura, em função da seca prolongada e na construção civil, que vive a pior crise dos últimos anos.

A crise na construção civil do RN tem dois vetores:

1) o atraso no lançamento da terceira etapa do programa federal Minha Casa Minha Vida;

2) os estoques elevados de imóveis prontos para morar, o que obrigou as construtoras e suspender novos projetos e a focar o negócio na venda de casas, escritórios e apartamentos.

Segundo o IBGE, o rendimento médio nominal recebido pelas pessoas ocupadas no Rio Grande do Norte foi de R$ 1.350, aumento de 13,7% em relação a igual trimestre do ano passado.

Isso levar a crer que os cortes atingiram trabalhadores de salários mais baixos.

Vicente Neto
Tribuna do Norte


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