BRASIL

Dilma promete economia na ofensiva em segundo mandato

A presidente Dilma Rousseff abriu na manhã desta segunda-feira (22) a série de entrevistas com os principais presidenciáveis no telejornal Bom Dia Brasil, da TV Globo, prometendo que, se eleita, fará com que a economia brasileira seja mais "ofensiva".

"Estamos numa situação em que o Brasil está na defensiva em relação à crise internacional protegendo emprego, salário e investimento. Três variáveis que nós protegemos. Por que nos fazemos isso? Porque vamos apostar numa retomada. Na retomada você muda a sua política econômica de defensiva para ofensiva", refletiu a presidente.

Dilma explicou que a fórmula para a retomada do crescimento da economia passa por gastar menos do que se está gastando para sustentar emprego, salário e investimento, mas ponderou sobre o último item o seguinte.

"Só que investimento eu tenho que manter porque se eu não tiver investimento eu comprometo emprego e salário. O que que nós achamos? A gente tem que ver como é que evolui a crise".

Pontos fortes

Entre os pontos que favorecem a economia brasileira em sua proposta de "retomada" num segundo mandato, Dilma Rousseff destacou que o País tem uma das menores dívidas do mundo e que tem o que chamou de "flanco externo" – "O mundo pode ter flutuações grandes que nós não quebramos". Ainda sobre este último item, ela atribui à recuperação de produção do País puxada, sobretudo, pelo desempenho da Petrobras.

"Hoje a Petrobras não vai dar mais impacto nas contas externas. Ela atingiu o recorde estável de 2,3 bilhões de barris/dia. A Petrobras vai produzir défict externo por um tempo muito curto. Todas as contratações da Petrobras estão feitas e nós teremos um aumento na produção de petróleo nos transformando em exportadores, não há a menor dúvida, nem das consultorias internacionais. Ela foi a maior responsável pelo nosso déficit externo em 2012 e 2013. A Petrobras já se recuperou. ela bateu todos os recordes de produção, inclusive a própria Agência Internacional de Energia reconheceu que ela teve um aumento de produção. Esse será um imenso fator de crescimento para o Brasil".

Logo após o discurso em favor da estatal de petróleo, Dilma ainda esclareceu: "É importante que fique claro: toda essa investigação sobre a Petrobras não compromete o ritmo de crescimento de sua produção nem o seu desenvolvimento de processos", finalizou.

Conjuntura internacional

A presidente citou que, se o desempenho da economia americana continuar evoluindo, o Brasil poderá entrar numa nova fase que precisa de menos estímulos, que pode ficar mais entregue à dinâmica natural da economia.

A candidata petista registrou que o quadro atual da economia do País se deve também à conjuntura internacional, na qual grandes economias como a Alemanha e, mais recentemente, a China, tiveram queda de crescimento.

"O crescimento chinês estava em 9% e agora está em 6%. A situação no mundo é extremamente problemática, a situação está em compressão. Os nossos vizinhos também estão em situação dif[icil. O nosso maior importador aqui na região, que é a Argentina, está numa situação bem problemática".

 

(Do iG) 


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