POLÍTICA

Flávio Dino: “Queremos a lei e não ideologia na segurança pública”

Cotado para ser ministro da Segurança Pública no governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o senador eleito pelo estado do Maranhão Flávio Dino (PSB) afirmou nesta quinta-feira (23), em Brasília (DF), que é preciso aprovação da PEC da Transição para a garantia de recursos na segurança pública. O ex-governador também sugeriu que foi “preocupante” a relação do governo Jair Bolsonaro (PL) com polícias e outros representantes da área no País.

 

O parlamentar comentou sobre a reunião dessa quarta, na capital federal, com pessoas que trabalham na segurança. “Vários comandantes disseram: estamos comprometidos com a lei e não com ideologia”, afirmou Dino nesta quarta. “Tudo o que nós queremos”, acrescentou.

 

O senador comentou rapidamente sobre a relação de Bolsonaro ao dizer que o governo tentou tirar a autonomia de governos estaduais sobre as polícias militares. O ex-governador do Maranhão prometeu “receber as propostas” de membros da segurança no Brasil.

 

“Nunca o governo poderá subtrair a autoridade dos governadores com suas políticas. Isso foi fonte de conflito no contexto atual”, disse. “As pautas nacionais terão pleno trânsito (análise do governo). Caminhamos para uma normalização dessa relação, discutir algumas pautas deles, como a tramitação da Lei Orgânica da Polícia Militar”.

Orçamento do governo

 

O parlamentar fez críticas ao teto de gastos, política dos governos Michel Temer (MDB) e Bolsonaro. De acordo com a proposta, aprovada em 2016 na gestão emedebista, as despesas do governo em ano devem representar as do ano anterior e corrigidas apenas pela inflação.

 

O ex-governador destacou a importância da PEC da Transição, que  prevê um dinheiro bilionário fora do teto de gastos.

 

“A prevalecer os contingenciamentos, as restrições, teremos um cenário em 2023 preocupante. Vamos fazer apresentação na próxima semana de sugestões”, disse.

 

“Estamos efetuando este diagnóstico de pontos críticos às polícias federais. Vamos propor medidas no âmbito governamental, a exemplo do PNSP, e dar conhecimento ao Congresso porque temos debate sobre PEC e orçamento”, complementou.

Bloqueios em estradas

 

O senador criticou os bloqueios feitos por bolsonaristas em estradas brasileiras.

 

“Cenário inaceitável o bloqueio de rodovias. Uma coisa é manifestação episódica, temporária, isso faz parte da cvida democrática. Outra é a sabotagem de fruição de direitos fundamentais”.

 

“No Acre, o abastecimento de água estava colapsando por conta dos bloqueios”, afirmou Dino em coletiva de imprensa. “Cenários provável é que esses bloqueios não persistam porque isso gera danos irreparáveis”.

 

Bolsonaristas fizeram bloqueios desde o dia 30 de outubro, quando o chefe do Executivo federal teve 49,1% dos votos no segundo turno da eleição presidencial contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista foi eleito com 50,9%.

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