INTERNACIONAL

Itamaraty questiona o Egito pelo veto à passagem de brasileiros presos em Gaza: “não faz sentido”

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil estuda enviar diplomatas ao Egito para uma negociação pela liberação dos brasileiros

247 – O Brasil, mais uma vez excluído da lista de estrangeiros autorizados a sair da Faixa de Gaza, enviou questionamentos ao governo do Egito nesta sexta-feira (3) em relação aos critérios de autorização de saída, informa Ricardo Noblat, do Metrópoles. O Ministério das Relações Exteriores busca esclarecimentos sobre por que os cidadãos brasileiros ainda não foram autorizados a deixar a região, apesar de o Brasil ter sido o primeiro país a solicitar a abertura do posto fronteiriço de Rafah.

Até esta quinta-feira (2), somente os cidadãos de certos países haviam recebido autorização para entrar no Egito a partir de Gaza, incluindo Azerbaijão, Austrália, Áustria, Bulgária, Bahrein, Bélgica, Coreia do Sul, Croácia, Estados Unidos, Finlândia, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Indonésia, Jordânia, Japão, Macedônia, México, República Tcheca, Suíça, Sri Lanka e Chade. Mais de mil pessoas já cruzaram a fronteira africana.

 

Segundo a lista divulgada pela administração do posto de controle de Rafah nesta sexta-feira, 571 pessoas receberam autorização para atravessar. A maioria desses cidadãos é composta por norte-americanos, britânicos, italianos, alemães, mexicanos e indonésios.

O Itamaraty está considerando a possibilidade de enviar diplomatas ao Egito para negociar a liberação dos cidadãos brasileiros. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o veto aos brasileiros “não faz sentido”. Até o momento, nenhum brasileiro conseguiu deixar a Faixa de Gaza via Egito. A fronteira foi aberta somente no dia 1º de novembro e permitiu a saída de um número limitado de estrangeiros e agentes da Cruz Vermelha. Anteriormente, o chanceler brasileiro Mauro Vieira já havia viajado ao Egito para discutir a abertura de Rafah, solicitando não apenas a saída de brasileiros, mas também a liberação de palestinos feridos, mulheres, idosos e crianças.


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