POLÍTICA

Marina assume Meio Ambiente e aponta compromissos com justiça climática, bioeconomia e controle do desmatamento

A nova ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva afirmou nesta quarta-feira (4), em Brasília (DF), que a sua gestão colocará em prática “conceitos modernos como justiça climática” para fazer “parte dos paradigmas que orientarão nossas políticas”. Ela também destacou a importância de se combater o racismo ambiental.

Em seu discurso, Marina anunciou a criação das secretarias do Controle do Desmatamento, da Bioeconomia, da Gestão Ambiental Urbana e Qualidade Ambiental, e dos Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável.

De acordo com a titular da pasta, o ministério retomará o controle do Serviço Florestal Brasileiro e da Agência Nacional de Águas (ANA). Marina prometeu que a sua gestão colocará em prática um Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDam).

Ao comentar sobre a secretário de Controle do Desmatamento, Marian disse: “quando chegarmos ao desmatamento zero, não precisará da Secretária Extraordinária de Desmatamento”. A ministra citou o órgão da Bioeconomia. “Temos muita expectativa com essa nova unidade no MMA”, disse.

A titular da pasta falou também sobre a da Gestão Ambiental Urbana. “É inegável a necessidade de termos políticas ambientais para o meio urbano. Portanto, estamos recuperando essa temática dentro do Ministério que será desenvolvida em conjunto com outros ministérios”.

A entidade dos Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável também foi citada. “O Ministério pretende dar destaque ao papel dos povos e comunidades tradicionais”.

O que é racismo ambiental?

Segundo Benjamin Franklin Chavis Jr., líder afro-americano da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos, o racismo ambiental significa: “a discriminação racial na elaboração de políticas ambientais, aplicação de regulamentos e leis, direcionamento deliberado de comunidades negras para instalação de resíduos tóxicos, sansão oficial da presença de veneno e poluentes com risco de vida às comunidades e exclusão de pessoas negras da liderança dos movimentos ecológicos”.

O que é justiça climática?

Segundo a ONG Global Witness, o conceito de ‘justiça climática’ “reconhece que, embora o aquecimento global seja uma crise global, seus efeitos não são sentidos da mesma maneira em todos os lugares. Os piores efeitos da crise climática – por exemplo, calor extremo, enchentes e quebras de safra – são sentidos de forma desproporcional por países e comunidades do Sul Global.

 

Reconhece-se também que a culpa pela crise que estamos vivendo não é compartilhada igualmente. Como que para desafiar ainda mais o conceito de justiça, os lugares que atualmente mais sofrem com os efeitos do aquecimento global têm pouca ou nenhuma responsabilidade histórica por causá-lo. Em vez disso, a grande culpa recai sobre os países ricos do Norte Global, que usaram grandes quantidades de combustíveis fósseis para impulsionar seu desenvolvimento industrial”.


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